Dysvagando



quarta-feira, novembro 28, 2001


Tanto Yin e Yang por causa desse símbolo......
Bandeira da Coréia do Sul


Curto e direto. O que é Yin e Yang.
Revista Nutriweb
São duas baleias acasalando-se, a femea (yin), em preto (yin) com o olho branco (yang) e o macho (yang), em branco (yang) com o olho preto (yin).


Continuando na sequência de links esotéricos... Agora sobre a questão do Yin e Yang... Algo que depois de muita pesquisa ainda não consegui definir em poucas palavras que não sejam reduntes.

Yin Yang Fire - Might there be a kind of Yin Yang Fire burning in our universe?

SOU YIN OU YANG? - Um teste acompanhado de diversos artigos sobre o tema...



domingo, novembro 25, 2001


Uma outra causa, essa nacional e centrada na cidade de São Lourenço no sul de Minas. Sociedade Brasileira de Eubiose. Foi concebida em São Lourenço, Minas Gerais, a 28 de Setembro de 1921 e fundada de direito em Niterói, Rio de Janeiro, a 10 de Agosto de 1924 pelo Professor Henrique José de Souza e sua digníssima esposa Helena Jefferson de Souza.. E propõe-se a "preparar o terreno e as sementes" para uma humanidade futura mais feliz e consciente.

O lema é em latim: SPES MESSIS IN SEMINE. Pelo menos ao contrário de outras instituições com lema em latim, a idéia é deles é que as palavras tenham alguma ligação mais profunda com as pessoas que não dominam o latim. Além de soar pomposo portanto, o lema é sempre acompanhado de sua tradução, "A esperança da colheita reside na Semente".


Às vezes é melhor divagar do que prosear, ou vice-versa. Há conversar a serem feitas, pessoas a se conhecer, e eu aqui falando sozinho. Para piorar sexta-feira dia 23 foi dia de não comprar nada (buy nothing day) e fazer protestos nos shoppings. Coisas do tipo juntar um grupo de amigos, por uma camisa escrita "a paz trabalha (funciona)" e ficar dando voltas ao redor de um shopping até as pessoas entenderem o recado.

Sinceramente acho que os sem teto que visitaram os templos do consumo aqui no Rio passaram uma mensagem bem mais clara contra o consumismo no mundo do que um bando de americanos em fila com camisetas iguais. A miséria não redime o homem, mas a exclusão quando se mostra é um tapa na cara bem mais eficiente do que qualquer outra tentativa.

Vale a conferida no link sobre as outras campanhas. Desde uma campanha para que as grandes corporações voltem a se submeter ao controle civil (Corporate Crackdown), até orientações de como reivindicar o espaço urbano de volta para os cidadãos (Reclaim Urban Space), passando pela semana sem televisão (Turn Off Week). Pena que as questões, resoluções e soluções propostas são americanas demais. Mas o controle dos meios de comunicação nas mãos de poucas famílias no Brasil é algo que deveria ser mais debatido e a campanha "Media Carta" se preocupa com essa concentração de poder midiático nos EUA.

Mas no Brasil não são só os meios de comunicação que são praticamente uma máfia, com políticos controlando o poder de radio difusão com autorização do governo federal. As concessões de ônibus, licitações de obras públicas, tudo parece ser uma grande máfia, com comissões de suborno variando sempre em torno dos 10%.


Hoje no Globo, relacionado a um post do dia 10 de novembro falando sobre as fofocas vindas dos bastidores da eleição presidencial de 1989.

'Eu jamais poderia ter ido ao segundo debate com o Collor do jeito que fui’.

FERNANDO COLLOR: Se tenho mágoa do Collor? Não, não sou homem de guardar mágoa de ninguém. Mas não vamos colocar o Collor no rol dos políticos brasileiros. Nunca o coloquei. Quando você analisa um político, gostando ou não dele, você analisa o passado, a tradição dele. O Collor fez da política uma brincadeira. Com o dinheiro e o poder de seus veículos de comunicação em Alagoas, resolveu partir daí para chegar ao poder. Na época, claro que fiquei profundamente magoado, porque fui o único ser humano do planeta a ser condenado porque tive um filho com outra mulher, quando era solteiro. Era a coisa mais natural do mundo, pois não era filho fora do casamento. Não fiquei com medo de um suposto dossiê que estava na sua pasta no debate. Olha, isso é uma grande balela! E faz parte do folclore da política brasileira.


No link de Museus do Cadê?, descobri que adoro o espaço dos museus. Fui vendo vários aqui no Rio e que cada um deles tem áreas maravilhosas para se passar o tempo e conversar vendo o verde civilizado, sentado em prosaicos bancos de praça, olhando o chão de terra batida e as poucas pessoas transitando. Penso especificamente em dois museus, o da Casa de Ruy Barbosa e o da República.

Ambos os museus foram residências, verdadeiras mansões, hoje cercadas pela urbanização. Não sei bem distinguir os museus Castro Maya. Um é o do Açude o outro, da Chácara do Céu na minha memória. Mas sei que ambos não são cercados pela agressividade urbanizadora e foram também um dia grandes mansões, com moradores menos ilustres que os presidentes da República no Palácio do Catete, ou Ruy Barbosa.

E como esquecer da magnífica residência dos Moreira Salles, donos do Unibanco e que tranformaram a maravilhosa mansão próxima ao Parque da Cidade em um Instituto. Uma pequena sala de cinema onde ao fim da sessão as cortinas se abrem e mostram o verde do lado de fora com o riacho que cruza o terreno "escondido" em meio ao "vale" por ele criado.

Todas idéias para um roteiro turístico carioca. Cidade insuperável no diálogo entre natureza e humanidade, mesmo sendo tão agredida.


No Bricabaque também achei um texto elucidativo sobre o mistério que cercou a frase "Celacanto provoca maremoto" nos muros cariocas.

Essa frase foi dita aqui em casa recentemente. Meu pai fez um passeio ao Museu da Quinta da Boa Vista, com uma amiga e o filho dela de 7 anos. O infante tem pretensões de ser paleontólogo ou coisa que o valha, não sei se irá concretizá-lo, afinal na minha infância todas as garotas queriam ser veterinárias e eu e meus amigos algo entre o Ayrton Senna ou um jogador de futebol. De qualquer maneira acho que o interessado garoto tem mais probabilidade de ser concretizar o sonho infantil dele do que eu e os meus amigos tivemos de concretizar os nossos. Tanto é, que ao adentrar uma sala onde estava armado o esqueleto de um enorme peixe o garoto sem olhar em nenhuma placa ou elemento identificador disse que aquele punhado de ossos era um celacanto. E graças a um "pirralho" de 7 anos descobri o que era um celacanto.


Investigando outros escritos pela internet achei uma revista virtual de Música, cinema, literatura, gastronomia, humor, turismo, quadrinhos e outras coisas esquisitas. Chama-se 700 km que coincidemente é a mesma quantidade de quilômetros que percorri na minha última viagem. O link é só pelo nome, porque nem me dei ao trabalho de conferir direito as edições antigas da revista disponíveis no site.

Achei a referência no blog Bricabaque.


O sono me chama, mas para que a memória não me falhe....Migração de Refugiados do blog Pensagens, me lembrou de um chinês que eu vi na rua sexta-feira, ele vendia óculos vagabundos na rua, mais um na economia informal, e veio de tão longe para isso.

Achei o blog no Idéia Ordinária.


Queria poder dizer com palavras o que sinto ao ouvir algumas músicas... De novo calhou de tocar "the passenger" do Iggy Pop agora... E é uma "daquelas" músicas... Que dá vontade de decorar a letra e gritar junto, ouvindo bem alto.

Não estou satisfeito com o personalismo dos meus posts mais recentes. Parece que tudo está girando ao redor do meu umbigo e não consigo mais escrever sobre tudo aquilo que está girando em outras órbitas.



sábado, novembro 24, 2001



Ainda sobre música, a minha preferida do Supertramp.

Even in the quietest moments.

(...)

And even though the stars are listening
And the ocean's deep, I just go to sleep
And then I create a silent movie
You become the star, is that what you are, dear?
Your whisper tells a secret
Your laughter brings me joy
And a wonder of feeling I'm Nature's own little boy
But still the tears keep falling
They're raining from the sky
Well there's a lot of me got to go under before I get high

Don't you let the sun disappear (2x)
Don't you let the sun be leaving
No, you can't be leaving my life
Say that you won't be leaving my life (2x)
Say won't you please, stay won't you please (2x)
Lord, won't you come and get into my life (2x)
Say won't you please, stay won't you please (2x)
Lord, don't go

And even when the song is over
Where have I been --- was it just a dream?
And though your door is always open
Where do I begin --- may I please come in, dear?


Velhos amores, quando passado são, é melhor não tentar visitá-los, mesmo estando abertas as portas. Ou a um telefonema de distância. Melhor é seguir a procura de novos amores com quem brincar num deboche de ardor prodigioso* ou inventar artes novas de brincar*.

(*) Frases do livro Macunaíma de Mario de Andrade.


Revista Virtual de um conhecido dos tempos que ir ao Garage na Rua Ceará era para mim uma opção real de entretenimento. A mesma rua Ceará onde fica a "nova" Vila Mimosa, ou o bordel popular de São Cristóvão.

A revista chama-se "PUNKnet" e tem tudo aquilo que revistas virtuais de música costumam ter, matérias, resenhas, colunas, bandas, mp3, fórum, chat e etc... Em "Notícias", li sobre o site de uma banda que gosto muito pelos covers de músicas antigas, Me first and the Gimme Gimmes. Tenho duas favoritas, Leaving on a Jetplane (regravada por vários artistas) e One tin Soldier, gravada por uma banda chamada "Original Caste" e também pela Joan Baez. Agora com certeza o tempero mais hardcore dado pelo Me First é sensacional.


Tudo está mudando... Mudei visualmente a brincadeira... Algo mais simples e que eu posso alterar mais facilmente!


Recebi isso hoje por email... Jota é a única letra do que não aparece na tabela periódica dos elementos.

Foi no primeiro ano do segundo grau, no ano de 1997 ou 96 que eu escolhi o meu nick de internet... Eram ainda bons tempos de internet... aqueles bons tempos que só são bons mesmo porque perderam o prazo de validade. Não voltaria hoje aquele passado de maneira alguma, ainda mais em relação a internet.

Sempre fui um daqueles alunos preguiçosos que se dá bem só nas matérias "humanas", com raros momentos de resultados melhores nas "exatas". E os raros momentos sempre foram patrocinados por professores que até hoje tenho na minha lista de "fundamentais" na minha formação, mesmo sendo de matérias "exatas". O professor de química que inspirou meu nick de internet parecia o gato do filme "Fievel, um Conto Americano" (An American Tail). Só com essa descrição dá para ter uma idéia da figura.

Mas veio das minhas aulas de química no primeiro ano do segundo grau que veio a minha "inspiração" para o meu "apelido" de internet que escolhi para mim mesmo. Adorava o som... Disprósio MEIA, MEIA.... Desde então tornei-me um viciado em nomes e expressões derivadas da tabela periódica... Sendo que ainda me lembro de quase todas, ou todas, as frase que serviam para lembrar os nomes de todos os principais elementos... A melhor dela era "Lina K. roubou césio na França". Que se não me engano, significa Lítio, sódio (Na), Potássio (K), Ro...qq coisa.. bo.. qq coisa, ou roboqqcoisa, Césio e finalmente frâncio.

Ainda bem que passei de ano, fiz o segundo ano com menos química na cabeça, e depois de me desligar do ensino formal no segundo ano e só voltar no meio do terceiro, desaprendi todas as "maravilhas" que tinha aprendido... Sinto falta (?) poderia ter sido um grande químico com um carro chamado Ambroásio... Mas como química pra mim sempre foi um assunto meio ficcional, com personagens e frases... assim continuará sendo...



sexta-feira, novembro 23, 2001


Sonho de consumo, um Mac... Eh uma televisao dos computadores, belezura total, funcional. Mas o teclado tem que ser minimanente descente, pq nesse daqui mal cabem os dedos. E como deu para reparar, nao rola acentos tb! Portugues de internet total.


A ambição do momento é dar uma certa personalidade visual ao blog. A ferramenta que estou usando é um site que tem vários tipos de tutoriais para desenvolvimento de páginas. O link que é mais útil a um iniciante como eu é esse de html. Tenho esperanças de fazer o blog ficar minimante do jeito que eu quero.



quinta-feira, novembro 22, 2001


Links de hoje, comentários escritos depois...

Vácuo com ar. A seção principal é meio cheia de curtas e pouco atualizadas infâmias, mas a seção denorex e suas fotos é maravilhosa. Pessoas diferentes que se parecem... O detalhe é que na seção links estão todos os sites desse post! Nisso que dá deixarem que os outros vasculhem a internet atrás de algo interessante pra você...

Robohouse. Site bobinho para descobrir que tipo de robô você é... não gostei do resultado do teste.

Infâmia - As piores piadas do mundo. Pelo título acho que não precisa dizer mais muita coisa. é uma coleção de piadas que só trazem um sorriso amarelo. Algumas são curtas demais, afinal as melhores piadas ruins e infâmes são longas histórias que no fim ninguém ri e só que contou acha graça.

Dicas da cereja ninja que tem um blog iniciado hoje! heehhehe



quarta-feira, novembro 21, 2001


Pensamento imprenssionante....

"Como você sempre arranja tempo para fazer coisas que já deveriam ter sido feitas quando existem coisas mais importantes e URGENTES a serem feitas"...


Momento humanístico, ou de bom humor, do dia....

Andando de ônibus, em direção a Ipanema, linha 583. Primeiro ao entrar no ônibus o susto com o aumento... São 10 centavos, ou 10% e o pior de tudo é que não se pode reclamar, contestar, é pagar e girar a roleta. Afinal de que adianta reclamar com a cobradora, afinal com certeza se o salário dela aumentar e passar a ser uma ninharia com 10% a mais ela com certeza irá gostar, mas como o dinheiro não vai para ela mesmo... Pouco diferença faz para ela individualmente.

Mas o melhor momento da viagem foi com certeza protagonizado pelo motorista do ônibus. Existem aqueles tipos que seriam mais corretamente definidos como pilotos, esse não era o caso, ou não se mostrou o caso na viagem que fiz. O motorista do 583 fez o estilo mais educado e prestativo que já pude ver nas minhas andanças de ônibus pelo Rio. Uma mulher de seus 30 anos, grávida de uns 6 meses pediu informação de como chegar ao centro, com um senso de humor não-característico, o motorista perguntou se a mulher gostaria de ir ao Centro de macumba ou o Centro do Rio. Com certeza a falsa ignorância do motorista não teve muita graça, mas valeu o esforço e a partir da piada insossa comecei a dar maior atenção à situação.

Nunca tive essa certeza antes, como tive hoje, mas com certeza existe um certo "orgulho de marca" dos motoristas e cobradores em relação à empresa que trabalham. Sempre que alguém pergunta se o 157 (Central-Gávea via Lagoa) passa por Copacabana (sempre aparecem esses perdidos o cobrador instrui o desavisado a pegar um 432 ou 433, linhas da mesma empresa. No 583 pude comprovar essa minha hipótese anterior. Afinal para minha surpresa o motorista "convidou" a grávida a subir dizendo que a levaria mais a frente para pegar o 154 (Ipanema-Central). Estávamos no meio do Leblon, ainda faltavam vários quarteirões para chegarmos em Ipanema. Fiquei intrigado pensando no porquê daquela carona não solicitada, mas ai caiu a ficha, a linha 154 é da mesma empresa que a 583. Então o motorista não estava fazendo nada mais do que demostrar claramente o seu orgulho (ou seja lá o que for) pela empresa na qual trabalha.

Para completar a história, o motorista deu instruções completas de como chegar ao ponto final do 154 logo no fim (ou começo no caso) de Ipanema. Era a menos de um quarteirão da rua que cruzávamos e com certeza a grávida balzaquiana viajaria em um ônibus vazio, fato que o motorista fez questão de frisar. Pouco importa se ele estivesse com pressa ou querendo ir a algum ponto no centro onde o 154 não passase, o fato é que o motorista deu as indicações e lá foi ela, com um certo sorriso de satisfação segundo o que imagino ter constatado ao vê-la cruzando a rua.

Na verdade o fato humanístico tem também o seu lado capitalismo selvagem, afinal o motorista fez (e parece fazer sempre) questão de defender os interesses da empresa onde trabalha, uma recomendação que com certeza não deve ser uma norma induzida pela empresa, algo que seria totalmente sem sentido e de difícil fiscalização. O importante foi a forma gratuitamente educada que o motorista tratou a passageira grávida. E tenho de admitir que se fosse uma mulher da mesma idade, bonita e esculturosamente formosa confesso que teria lá as minhas dúvidas em relação a gratuidade da educação do motorista. Mas convenhamos que não há maneira de não se reparar uma barriga de grávida e de não associa-lá imediatamente a um marido "causador" da barriga. E além disso, a passageira não tinha nenhum atrativo especial ou destaque físico além da gravidez.



terça-feira, novembro 20, 2001


Ainda Jabor...
Tanta oferta sexual me angustia, me dá a certeza de que meu desejo é programado por outros, por indústrias masturbatórias, me provocando tesão para me vender satisfação.

Angustia... o palavrinha miraculosa. O que não é hoje angustiante, ou periclitante, urgente... Tema para o trabalho de Psicologia e Comunicação sobre "O Mal Estar na Civilização".

Esse estilo "angustiado" do Jabor e a maneira como ele sempre escreve exatamente igual sobre qualquer assunto é que me faz não gostar do estilo dele... E tem também o "personagem" por ele interpretado no Jornal Nacional, sempre me lembro desse personagem toda vez que ouço, ou leio o nome Arnaldo Jabor.

>>>>Flávio Gikovate. Excelente site de um psicólogo que escreve/escreveu em diversos veículos de comunicação brasileiros.


Detesto o estilo Arnaldo Jabor e suas colunas e ou declarações nos jornais. Mas li a sua coluna hoje e o tema tem a ver com o que escrevi no último post.

O sexo já foi um comício e hoje é um mercado

Diante desta orgia pública dos milhares de corpos malhados de moças pobres e esperançosas, nos sentimos mal comidos, insatisfeitos, certos de que há uma casta de artistas de TV e playboys que se dão melhor que nós. Todos somos otários diante deste harém movente de apresentadoras, modelos, malandros e heróis sem camisa.
(...)
Ninguém mais quer ser “sujeito”: todos querem ser produtos. Ninguém quer ser livre, todos querem ser mais usáveis, consumíveis. O corpo tem de dar lucro. Todo mundo quer ser coisa. Ser “coisa” é melhor, não sofre de dúvidas, conflitos, humilhações. Queremos ser BMW’s, aviões, lanchas de luxo, queremos ser desejados como um jet-ski ou um vestido da Daslu.


Por vezes é bom ser "coisa" inconsequentemente agir sem tomar partido e sem pensar. Falar demais, dizer "verdades" a quem merece, e a quem não as merece. Mas depois volta tudo a ser como sempre foi e a confusão de tentar se adequar ao comportamento em voga, ou fugir dele, acaba apenas trazendo mais divagações e pensamentos perdidos.


Um dica ou um "anti-climax" em relação ao post abaixo. Dois entre os "Piores Blogs®"... Mulheres que falam das suas conquistas de forma no mínimo meio promíscua. Tenho dúvidas até mesmo dessa tão alardeada promiscuidade. Mas não me disponho a comprovar nada, afinal cada um cria para si o personagem que lhe é mais conveniente. Os dois blogs são o famoso Delícias Cremosas que por vezes até aprecio e o realmente detestável Xoxota Crew. Sendo que esse último dei-me ao trabalho de ler muito mais do que aconselharia a mim mesmo.

Não estou afim de comentar sobre conteúdo do site mas os comentários sobre o Delicias e o XX Crew que "O Editor" fez considero pertinentes, mas é a opinião dele, nada mais.

O Delícias não me causou repulsa e eu conheci faz mais tempo através de uma matéria no JB ou do Cocadaboa, não sei mais. Apesar de apreciar bastante considerações femininas acerca da natureza humana e/ou masculina, não tive tanto entusiasmo e apenas uma certa repulsa pela forma que as "delícias" escreviam e pelo excesso de suposta liberdade sexual feminina que elas parecem querer propagar. Agora quanto ao XX Crew, foi repulsa pura... texto mal escrito, cheio de gírias e abreviações de internet sendo chulo e sem novidades, tratando-se apenas de um diário de meninas que na minha opinião já tem idade suficiente para se preocupar em serem mulheres.


Ainda existem lugares "mágicos" que me fazem lembrar velhos amores e sentir falta dos novos que nem sempre vem quando mais os queremos. Mas como todas as noites só me resta fechar os olhos e dormir sem companhia, durmo. Nessas horas é bom agradecer por não morar sozinho e ter uma imensa cama de casal. Não há travesseiros que ocupem de forma adequadada o espaço de uma outra pessoa na cama de casal, nem os cobertores mais pesados e a roupa de cama mais cheirosa mata a saudade dos abraços e de simplesmente estar deitado, dormindo, ao lado da mulher amada com todos os seus cheiros, texturas e a ternura que só a mulher que se ama parece ter.

Tendo ido a amada embora, ou se ainda não veio, resta apenas dormir, sonhar, fechar os olhos e soltar o sono. Aproveitar a solidão para valorizar ainda mais a companhia de quem importa, e saber ver quem se importa. Não existe nada pior do que fazer de falsos amores recheios, para o vazio que é dormir - ou estar - sozinho...


Trilha sonora ideal para tocar na estrada...

Iggy Pop - The Passenger

Mãos no voltante, pé no acelador e cantarolando...

Nada melhor do que Nofx na Dutra acelerando sempre. Ou na serra de Itamonte fazer as curvas com calma e do jeito que der ouvindo Ben Harper ou tantas outras músicas que combinem com mata fechada uma leve neblina, velocidade mediana e curvas, muitas curvas...

Lembrança inesquecivel... Subindo a serra até Itaipava depois da meia noite ouvindo Crash Test Dummies e o cd mais clássico deles, temos aí um cd inteiro para fazer curvas. Calmo na medida e grudento até dizer chega, bom para girar bastante o voltante, acelar e cantar junto.


Ontem fiz planos de viagem, conhecer toda a BR-116. Mas como é bom poder não fazer planos, viver as responsabilidades de cada dia. Sobreviver um pouco, entreter-se com a rotina. Queria fazer isso com mais frequência, mas concentração nunca foi o meu forte. Não sei fazer muitas coisas ao mesmo tempo e nem nada o tempo todo, tá certo que fazer nada eu consigo até fazer melhor do que algumas coisas. Gostaria de estar sempre fazendo a vida passar... não fazendo e acontecendo, mas passando por tudo que fosse necessário, ou desnecessário, e seguindo a vida.

Quero a minha rotina de mudar-me sem ver durante todas as semanas uma mudança por dia.


A primeira e maior vantagem de se ficar longe do mundo internético com certeza é voltar aos seus sites de sempre e ver o milagre da multiplicação dos textos. E como site de internet não renova com textos imensos todos os dias mesmo, tirar o atraso é sempre rápido, prazeiroso e indolor. Ainda melhor do que isso, pode ser feito a qualquer hora.

Tirar o atraso... péssima expressão, com o pior dos duplos sentidos. Tirar o atraso acho que só é bom quando está relacionado à namorada e ao fato mensal que "atrasou".



segunda-feira, novembro 19, 2001


Tommy Tutone está ai um clássico farofa que até hoje não consegui explicar... Vale pela música "Jenny 867-5309" quase um clássico e que me fez conhecer o "artista". Foi na regravação do Less than Jake e o estilo ska-core que a música recebeu que eu ouvi o refrão "eight six seven five three o'nine" (e por ai vai) pela primeira vez.

A música que estava escutando era "Teen Angel Eyes"... putz que brega... ainda bem que acabou...


Tirado do Guerra do Fim do Mundo do Mario Vargas Llosa.

"O Anti-Cristo nasceu
Para o Brasil governar
Mas ahi está O Conselheiro
Para delle nos livrar"


Quem será o conselheiro dos nossos dias...afinal quase todos os dias nasce um pequeno anti-cristo e alguns desses, filhos de ilustres personas...


É "A Peleja do Diabo com o Dono do Céu"... algo disso me lembra "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (Black God, White Devil) de Glauber Rocha (Sinopse).. Música nordestina que eu gosto bastante com Zé Ramalho cantando.

E por sinal, a BR-116 na Bahia passa por uma cidade chamada Canudos. Não a Canudos da Guerra do Fim do Mundo porque essa foi transformada em um açude ou algo assim. Coincidentemente ou não, os primeiros 30 km da 116 na Bahia estão intransitáveis por paralização das obras de implantação. Caso eu não esteja enganado a Canudos original e a "nova" Canudos, ficam exatamente nesse trecho ou pelo menos próximo à fronteira da Bahia no norte do estado.

Vale a reflexão... A mesma BR-116 é chamada de Rio-São Paulo, de Rio-Bahia, e liga Salvador a Fortaleza pelo sertão nordestino. Tivesse eu um veículo com tração nas quatros rodas estaria a caminho de Fortaleza nas férias... Quem sabe nas próximas não role de ter guardado $$ o suficiente para comprar um fusquinha e sair rumo à Fortaleza, afinal fusquinha com pneu "lameiro" é o 4x4 do brasileiro.


Ainda vou viajar mais em cima dessa história de BR-116. No link sobre as condições das rodovias, fala sobre a condição da estrada em cada estado... E dá pontos de referências... pontos que são quase que aleatórios e muito distantes entre si. No estado do Rio a estrada até que parece estar bem. Com apenas um trecho onde se recomenda atenção e um outro sem classificação. Já no Ceará são 17 trechos em destaque sendo que em 9 recomenda-se atenção e em um trecho de +- 50 km as condições são precárias e recomenda-se cuidado.

Só por esses dois pequenos informativos do DNER dá para se ter uma idéia de tudo que pode ocorrer em mais de 4 mil km. Um dia ainda viajarei por cada um deles fisicamente, ou se isso não for possível por alguns deles através da minha imaginação e das palavras que eu juntar para compor a minha viagem.


Retificando... não sei mais se os pedágios de Itatiaia e Viúva estão a 112,67 km ou a 104 km... Mas sinceramente quem se importa... por curiosidade, quem quiser visite o site da NovaDutra...

Passei horas ao telefone e um dos assuntos foi a BR-116 e o site do DNER com as informações sobre as "Condições das Rodovias" e as "Nomeclaturas". Logicamente que a BR-116 que liga Fortaleza a Jaguarão - RS, foi o assunto principal. É uma rodovia longituginal (que dizer, de sentido norte-sul) de exatos 4. 566,5 km de extensão. Essas informações tão úteis. descobri na "Relação das Rodovias Federais".

Fiquei imaginando e viajando pelos milhares de quilometros de asfalto de BR-116. Putz.. agora que me lembrei... Acho que um Titã desses escreveu um livro que tem esse título... Nem é... é BR-163 o título... e foi Tony Belloto quem escreveu.

Voltando a minha viagem, fiquei imaginando a estrada, todos os estados, e o movimento que implica. Não sei como é o livro do Belloto, mas sei que são duas histórias que se encontram na BR-163, e não sobre uma estrada.


Os cálculos... Em homenagem a quem me chama de Malba Tahan... média final de 88.5 km/h.. No trecho pré-dutra média de 70.5 km/h sendo que na primeira hora eu percorri 73 km... maldito caminhão no finalzinho da serra. No trecho da dutra mais linha vermelha mais rebouças até a lagoa a média foi de 104.5 km/h. Sendo que houve a serra das araras seus caminhões e um roda-presa...

Entre os pedágios que estão a 112,67 um do outro fiz em 1h06min na ida e 1h03min na volta.. Médias de 102,47 km/h e 107,30 km/h. No total foram percorridos uns 700 km... 300 ou quase isso entre o posto perto do São João Batista e o destino final e do posto no final de caxambu até a garagem foram 300 e qualquer coisa, incluindo a distância de deixar o carona que "sequestrei" no meio da dutra em casa.

Foi mal esse post ridículo, mas não é nada não é nada, foram quase 700 km. Cansa pacas mas acaba sendo divertido exatamente por ser esse fato "marcante"... Na próxima viagem espero contar com um(a) co-piloto para trocar de cd e quem sabe até "cantar" as curvas e a velocidade adequada em cada trecho. Se bem que na serra o melhor é um co-piloto tonto por ter tomado remédio para não enjoar.


Horas de estrada, asfalto, asfalto, carros, placas... Polícia Federal.

Em menos de 4 horas cheguei de volta a cidade maravilhosa. E encontrei em meio a tantos carros que vinham para onde eu vinha, um desconhecido que me abandonou e um carro conhecido que jamais imaginaria encontrar.

O Scenic 29 de outubro (final da placa 2910) andou junto comigo uns bons quilometros, geralmente à minha frente. Um senhor e sua esposa, voltando para o Rio, vindo da mesma região que eu em Minas. Uma pena que aparentemente sem motivos a família carioca resolveu sair do comboio que eu tentei formar. Uma pena, fiquei sozinho de novo na Dutra e ainda faltavam uns 150 km até chegar em casa.

Mas a surpresa de reconhecer o Twingo 0122 foi emocionante... eram cinco no pequeno carro e eu sozinho com meus cds e os meus pensamentos e acelerações... "sequestrei" um passageiro e nesse final de viagem vim acompanhado. Agora fico pensando quais as chances entre milhares de segundos, minutos e quilometros de encontrar alguém conhecido no meio da via dutra. Chegavamos no Rio é verdade, mas mesmo assim as cidades de origem eram totalmente diferentes e para que cruzassemos naquele ponto, os cinco tiveram que sair exatas 4 horas antes de mim de um ponto distante algumas boas centenas de quilometros de onde nos encontraríamos.



terça-feira, novembro 13, 2001


Ao invés de achar coisas em blogs, acabei achando, sem ter achado que meu pc foi infectado por um "worm"... Maldito verme que veio sem que eu saiba como... mas que aparentemente foi removido... Foi divertido ver imagens salvadas de emails sem muito nexo em vários diretórios do meu computador...


Estou sem inspiração... como "dever cívico" vou "sair por ai" por outros blogs vendo se há algo de interessante a que possa me inspirar... Porque no momento só consigo pensar em matrícula, matérias, turmas, professores, horários, créditos! Isso me diverte, mas não é nem minimamente interessante para escrever duas linhas.



segunda-feira, novembro 12, 2001


Literalmente funesto.... REQUIEM MANUFATURADOS DE MADEIRA LTDA. O seu histórico e o seu último lançamento.

Post claramente inspirado no Cocadaboa Diário e seus links inúteis.


"Réquiem para um sonho" é sobre o mundo das anfetaminas e heroína. O filme é bem chocante e me deu sensação similar ao que senti no relato da Clarah no post abaixo. Não sei se o que ela escreve é realmente verdade, ou se é apenas uma história, mas sei que o filme é uma história e o site em inglês me seduziu na forma com que dialoga com o filme, maravilhoso. Tem também a opinião do Rubens Ewald Filho.

A definição de réquiem, que eu só vim a descobrir com esse filme, ajuda a entender um pouco a mensagem do filme. O dicionário aurélio define da seguinte maneira: [Do latim requiem, acusativo singular de requies, 'repouso', 'descanso'.] s.m. 1. Parte do ofício dos mortos, na liturgia católica, que principia com as palavras latinas requiem aeternam dona eis , 'dai-lhes o repouso eterno'. 2. Música sobre esse ofício.

Conclusão, o diretor supostamente tenta ilustrar com esse filme que o sonho americano está morto e o seu filme seria a confirmação da morte desse sonho, por ilustrar um povo imerso no mundo das drogas. Um outro lado do que meu pai chamaria da cupinização da américa. Um país que com o seu sonho seduziu o mundo e agora parece ir perdendo esse sonho ao ser "invadido" por imigrantes pobres principalmente latinos e também pelos produtos produzidos no "quintal" americano ou nos campos de papoulas asiáticos.


Achei no Catarro Verde esse post sobre Clarah Averbuck e o seu umbigo. Achei muito irada a descrição do blog. Mas me impressionou o relato da relação dela com as anfetaminas.

Não gosto de vícios químicos, sou meio moralista. Mas acima de tudo gosto do meu corpo e de vê-lo funcionar minimante bem. Seguindo um certo ciclo, um certo ritmo que prefiro ter ao natural. Tem também um outro detalhe, que me fez desistir de drogas e em especial da maconha já tem alguns anos. O medo dos efeitos colaterais, perder a minha boa memória para mim seria o fim da minha existência. Gosto de poder observar tudo que posso e ir gravando aquilo que me interessa e acho que faço isso sempre melhor quando estou sóbrio.

Concordo que a vida foi feita para ser aproveitada, mas acredito mais ainda na necessidade de evoluir e quanto a mim, acho que não saberia evoluir se dependesse de qualquer substância química. Já dependo de tantas coisas, de tantas pessoas de tantas emoções e tantos sentimentos para ter uma vida feliz.


Teste sobre personalidade de acordo com as cores que você gosta mais. Coisa de um novo mundo maravilhoso da cromogenia (acabei de inventar a palavra), ou "Colorgenics". Confesso que me diverti e tive que concordar com o jeito horóscopo deles de abordarem a coisa. Foi divertido... esses são os meus resultados. Achei o link no blog da Cora Rónai.


E o momento de grande emoção do dia, como autor de blog, foi ter sido citado em um por alguém que eu nunca vi na vida... Detalhe que o blog do cara é ultra bem esquematizado e todo bem feito.

Valeu Daniel.


Já que falei no Liberato, não custa muito descer mais ainda e falar sobre outra figura pública. De novo culpa do Cocadaboa Diário.

Post de hoje de madrugada.
[Mr Manson]
Eu sei que sacanear nerd é avalanche de emails na certa, mas foda-se. Não consigo acreditar que alguém com mais de 16 anos que goste de Harry Potter consiga comer uma buceta (sem pagar, é claro).
Hora [02:18]


Na sequência temos...
Ciro Bottini é fã de Harry Potter

Segunda, 12 de novembro de 2001, 14h48

Fanático pela boa leitura, o apresentador do canal Shoptime Ciro Bottini tem se divertido muito lendo a primeira edição de Harry Potter, o livro do momento. "Essa obra de J. K. Rowling é bastante dinâmica e disperta interesse em pessoas de qualquer idade", diz Ciro.

Redação Terra


Cada um que tire suas próprias conclusões.


Pensando sobre muitas cabeças globais "fantásticas" rolarem. Lembro-me de uma coisa que eu pensei sobre a Globo e seu elenco. São muitos atores, e milhares de outros profissionais, concentrados aqui no Rio. Os atores no caso são em alguns vinculados à rede globo por meio de um contrato de exclusividade e recebem salários ($$$$$$) mesmo que fiquem em casa fazendo nada. Como fazer nada é uma atividade que exige muito tempo e dedicação exclusiva, todos acabam fazendo alguma coisa sendo que alguns se dedicam a algo que só faz aumentar o tráfico de drogas no Rio... o consumo de entorpecentes. O pessoal se amarra em sair pelas noites cariocas cheirando, fumando, bebendo e tomando todas.

A minha hipótese escabrosa é a seguinte, caso a Globo um dia se mude de vez para São Paulo com todo o seu elenco (o que com o Projac a pleno vapor vai ficar difícil) o consumo de drogas em geral e cocaína especificamente iria cair consideravelmente na cidade do Rio de Janeiro. Talvez isso fosse bom, talvez fosse ruim, afinal com menos demanda o quebra pau para dominar os pontos de venda talvez aumentasse... Acho que pelo menos quanto a violência urbana talvez fosse bom que a "Hollywood Brasileira" se mudasse para São Paulo.


No Cocadaboa Diário de hoje foi que eu vi o anúncio do nascimento do anti-cristo. Não tive medo, mas que me parece um absurdo parece ...

Rose teria feito inseminação artificial, devido a sua idade, para garantir a gravidez." Sei não hein, pega super mal um cara que tem a sua masculinidade tão publicamente discutida como o Sr. Liberato entrar numas de engravidar uma mulher de formas "não-naturais". Pelo menos ele parece ter uma certa preocupação com a sua privacidade (gay ou não).


Definitivamente Silvio Santos achou a sua mina de ouro.. Resta saber até quando... Agora muitas cabeças globais vão rolar por causa dessa derrota de 40 a 26... Finalmente algo ruim e novo na televisão brasileira que faz sucesso em cima da Globo. Vamos ver se a galera em São Paulo vai continuar assistindo e mantendo alto o ibope por lá. Afinal a audiência do resto do Brasil não tem a menor importância para os anunciantes mesmo....



domingo, novembro 11, 2001


Os dias da semana tem pouco em comum para muitas pessoas, afinal cada um tem a sua rotina, e os seus ritos diários repetidos semana após semana. Agora exceção a isso são os domingos... Talvez paire no ar uma certa paz, o trânsito de domingueiros flui diferente mesmo quando há retenções, elas são pontuais e não sintomáticas. Até os carros estacionados parecem diferentes por ser domingo, por estar sol e por ser o motorista parte de uma família. Pois cada carro parado não pertece a motoristas sós isolados em seus casulos, mas a pais e mães de família com suas proles, familiares ou até mesmo sozinhos formando simplesmente um casal.

Os jornais domingo são mais caros, têm mais letras e menos notícias, textos mais longos, quase que semanários em papel jornal. Diversos suplementos, complementos, cadernos especiais, folhetos de loja, e tudo simplesmente por ser domingo. Fosse um sábado seria tudo muito mais próximo ao que se vê de segunda a sexta, pois parece haver uma quebra muito maior entre uma segunda e o domingo do que entre a sexta e o sábado. A semana termina no dia dos maiores agitos noturnos, na noite que tem sempre que ser especial e por terminar assim o seu começo é tão apático, cheio de notícias impressas já velhas, sem serem caducas.

Amanhã é segunda e com isso recomeça o que termina sem nunca se esgotar, pois afinal toda semana é rigorosamente igual a todas as outras, extendendo-se por sete dias, de domingo a sábado, ou de segunda a domingo. O fato é que semanas se repetem sempre da mesma forma, mudam apenas os números que as acompanham, pois dias meses e anos seguem sempre em ritmos variados e não pautados pela constância dos sete dias.


Uma das "famosas particularidades" do povo brasileiro sempre foi a confusão entre o público e o privado, entre o que pertence a todos e o que é bem público. Exemplos disso vão desde os flanelinhas até o Luis Estevão e seu colega o juiz Nicolau. Cada um a sua maneira administra na esfera privada o que deveria ser de todos. Acho que isso nem é tão particular assim aos brasileiros afinal é simplesmente a boa e velha politicagem, o lobby e o que quer que o valha... Só que no Brasil até lobista ainda é uma categoria profissional amadora, melhor assim (?).


E depois falamos todos muito mal do Brasil e sua rede de falcatruas. Mas rabo-preso é rabo preso e Frei Beto nessa tradução do italiano de um texto de Francesco Piccioni publicado no jornal "Il manifesto" fala sobre as ligações muito próximas entre os Bush e os Bin Laden... E a coisa não é só de Bush filho com Osama não... é coisa antiga. Petróleo e acidentes aéreos vem unindo as duas famílias aparentemente tão distintas a anos. Depois de ler sobre os Bush, fica até mais palatável ter consciência do império dos Sarney em meio a pobreza do Maranhão e outras particularidades nacionais nem tão particulares assim. Falando na última delas temos como prefeito de Nova Iorque o Mr. Bloomberg, depois dessa fica até chato reclamar das concessões de telecomunicações no Brasil, inúmeras delas nas mãos de políticos.

Crédito ao blog da Cora Rónai, C@t e sua Parabólica na GloboNews.com.


Esta aí um cara que gosta MESMO de weblogs. Os "posts" são uma sucessão de links comentados para todo o tipo de blogs. Comentários por vezes mordazes. Piores Blogs® - "nem sempre falando mal do blog alheio."


Vinícius de Moraes e sua Receita de Mulher. Cada um tem a sua, mas com certeza os elementos que o poeta descreve são por assim dizer "apaixonantes".

Pra mim mulher tem que ter pele. Pele sedosa, pela macia, pela cremosa, pele que acabou de se banhar, pele banhada pela chuva, banhada pelo suor do amor, e de outros calores. Não precisa de cremes franceses, de loções, emulsões ou qualificações, basta ser apenas bem tratada. Limpa quando se espera limpa e simplesmente traga conforto quando o mundo ao redor parece estar morto. E há de ser sensível ao toque, a todos os toques. Os mais fortes, os de carinho, os felizes, os amorosos, os calorosos, os saudosos e os suaves. Mas que não seque a pele quando morrer o amor e que preservada fique a memória do toque e os cheiros fracos ou fortes. Pois ainda que nunca mais sinta-se a pele da mulher amada há que permanecer pura na mente, a memória forte da pele, do corpo, da mente e se possível da alma. Mais valor tem o objeto amado que enquanto passado, é eternamente bem lembrado. Mas não basta viver de memórias e há de criar-se novas histórias e novas memórias das sempre belas mulheres amadas as quais se pode tocar.


ICQ 2001 sem propagandas. É só ir aqui.



sábado, novembro 10, 2001


Dois pontos citados por Setti que tocaram em questões que já tinham passado pela minha cabeça ou que eu ouvi... A filha do Lula (Lurian) que na opinião dele decidiu a eleição de 1989 e também o fato de jornalismo diário estar se tornando algo dispensável.

"Lula tinha a filha Lurian. Usada de forma sórdida na campanha, a informação, que era correta e foi publicada numa reportagem perfeita do ponto de vista técnico e ético, acabou decidindo a eleição de 1989, a meu ver." A parte da história que eu soube é bem interessante. Fofocas do Planalto. Lula tinha essa filha de uma relacionamento anterior ao seu casamento e se separou da mãe da criança que desenvolveu um ódio enorme pelo presidente de honra do PT. Na época da campanha a mãe da filha de Lula procurou os assessores do candidato Fernando Collor de Melo para falar sobre esse caso "mal resolvido" e que ajudaria a causar uma má impressão sobre Lula nos eleitores. Lula já estava psicologicamente mais preparado para essa "bomba", mas não soube aguentar a segunda. Collor já tinha feito insinuações sobre um certo aparelho de som que Lula tinha comprado para a amante alguns anos antes. O comitê de campanha do PRN de Collor soube disso através de um "ex-amigo" de Lula, costumavam sair Lula, a amante, esse amigo e a sua amante (ou esposa), e agora esse amigo pessoal fazia parte da campanha do adversário e poderia fazer uso a qualquer momento de informações tão comprometedoras.

Lula abalado pelas insinuações de Collor sobre as informações que detinha e também com a quantidade de pastas que este trouxe, fez um debate visivelmente pior do que o adversário. E além disso ainda houve o desserviço à democracia prestado por Roberto Marinho que autoritariamente mandou que se fizesse uma versão editada extremamente tendenciosa do debate final do segundo turno das eleições de 89. Eleições cujas pesquisas indicavam um empate técnico entre os dois candidatos. Por essas e outras que Setti definiu a reportagem sobre a filha de Lula como uma que ajudou a definir as eleições mais importantes do Brasil até então.

Agora quanto ao "risco da irrelevância" que corre o jornalismo diário, sou também forçado a concordar. Cada vez mais os jornais todos ficam mais parecidos com a imprensa sensacionalista dos jornais que visam um público de mais baixa renda. Ou simplesmente jornais que visam o puro sensacionalismo barato. A falta de profundidade e de "conteúdo" que se vê hoje nos jornais os faz cada vez mais parecidos com o jornalismo televisivo. Jornalismo que atualmente parece não suportar qualquer espécie de reflexão tratando apenas de apresentar as manchetes ou de relatar os fatos.


Cheiro de algodão doce...

Jornalismo, regulamentação da profissão, diploma... Opiniões interessantes no Observatório dessa semana.`

Mas ainda no mesmo site uma entrevista com o jornalista Ricardo Setti que em 1986 ganhou o prêmio Esso de jornalismo por uma reportagem sobre "O dia que Sarney derrubou a inflação".

Esse papo de 1986, Sarney.... lógico que me lembra a minha infância! Bons tempos (?) em que não existia a menor preocupação com dinheiro, afinal eu não sabia que para comer todos os dias e poder me vestir e ter um teto era necessário que houvesse um fluxo constante de dinheiro na conta bancária do meu pai e da minha mãe. Mas com certeza não tem como esquecer aquelas notas de cruzado que vinham com um carimbo dizendo para cortar os zeros... Que coisa humilhante para a nossa classe de economistas, vergonhoso.


Da série O mundo perdeu o charme de antes:

Sítio do Pica Pau Amarelo. Aliás sumiu do site da Rede Globo!!!! Onde diabos foi parar, saiu do ar?? Mas por falar em Globo e coisas que não são mais como antes, e não tem mais a mesma graça...Didi está ai sozinho para comprovar isso.. Trapalhões marcou a infância de muita gente.


Música.
Pink Floyd - The Gnome

Achei não sei como, só sei que foi na internet e que foi por acaso.


Acho que uma coisa primária desse lance de blog é vc ter links para vários blogs... Porque afinal se você está disposto a informar o mundo sobre a sua vida pessoal, é interessante informar também sobre a vida pessoal de centenas de outras pessoas. Com o tempo vou "seguir essa tendência" e ir achando blogs que eu acho que valham a pena por ai.

Mas acho que mais importante que blogs é o conteúdo normal da rede, sites de estilo clássico!



sexta-feira, novembro 09, 2001


Continuando a explorar o jornal, Veríssimo também toca em uma questão que passou pela minha cabeça hoje. E que está relacionada aos passos descendentes do filho pródigo mas especificamente à Lucas 15 ver. 13 e o amor nos prazeres materiais, dado a prazeres dos sentidos.

Vale a pena perguntar se nossa civilização masculina também não é o resultado da velha angústia que a mulher causa no homem desde o primeiro casal, apenas atenuada pelo tempo. Velhos tabus associando sexualidade feminina com impureza persistem em sociedades modernas e outras religiões, só mais bem disfarçados.

Os fundamentalistas levam até a irracionalidade crenças e medos que a gente racionaliza para poder viver com eles. Assim o tratamento que o Talibã dá às mulheres é um exemplo extremo não da tiranização da mulher islâmica pelo homem islâmico mas da tiranização da mulher pelo homem, ponto. Mulher só pode votar, no Ocidente, há relativamente pouco tempo. Só agora começam a ser purgados da Constituição brasileira artigos que avassalavam a mulher ao homem e leis que quase lhe impunham recato e domesticidade. O que estaria havendo hoje seria menos um choque de civilizações do que um desencontro de eras: a civilização muçulmana é a civilização judaico-cristã, ontem. Ou — já que ainda não se sabe bem como isso tudo vai acabar — amanhã.


A "honra" masculina ainda está centrada na sexualidade da mulher, mas aos poucos isso parece estar mudando entre nós e o que era mais negativo no comportamento masculino (a promiscuidade) parece que está sendo adotado também pelas mulheres e como disse uma vez um conhecido, o mundo não é uma maratona sexual. E pergunto, o que há de especial em 10 pessoas que uma só não tenha, de que vale a superficialidade de inúmeras pessoas quando não se conhece na verdade nenhuma delas?


Arthur Dapieve essa semana, ponho o trecho porque não se mantém matérias velhas no site do Globo.

Foi curioso porque o Ultraje mostrou, em 1983, que o rock’n’roll não era necessariamente um instrumento descerebrador do imperialismo ianque, como acreditava a intelectualidade ( sic ) brasileira da época. Lançado naquele ano, seu primeiro compacto trazia a música que viria a se tornar um dos hinos da Campanha das Diretas Já: “Inútil”. Os versos “a gente não sabemos escolher presidente/ A gente não sabemos tomar conta da gente/ A gente não sabemos nem escovar os dente/ Tem gringo pensando que nóis é indigente/ Inútil/ A gente somos inútil” eram tão pertinentes àquele momento histórico que, no começo de 1984, Ulysses Guimarães disse que ia mandar um compacto com “Inútil” ao general-presidente João Figueiredo, que havia criticado um comício realizado em Curitiba. “Ele que repita isso, que toque o disco e fique ouvindo”, recomendou o Doutor Ulysses.

E o final foi o que realmente me interessou. “Nós vamos invadir sua praia” saiu no ano em que eu estava saindo da faculdade. Era o som adequado a quem sentia a satisfação do dever cumprido por ter ido ao Comício da Candelária no ano anterior. Não seríamos mais inúteis.

E na coluna do Dapieve tudo começou por causa de um assunto que o Artur Xexéo abordou sobre qual a primeira música que ele Xexéo havia ouvido na vida. Muito louco conseguir lembrar qual a primeira música que se ouviu na vida... Mas é bom tentar achar as lembranças mais longíqüas que ainda podem vir a se tornar conscientes de novo.


Resumindo a história segundo o site do passo a passo, é o seguinte: existem os passos descendentes, os ascendentes e quando Cristo descreve o pai que coloca o anel da reconciliação no filho. De certa forma sob qualquer ótica e assim superficialmente a parábola me pareceu útil a toda e qualquer pessoa. Afinal existem os comportamentos destrutivos, os construtivos e naturalmente que sempre existe um conflito entre o filho e seus pais. Uma vez li ou ouvi que é devemos crescer a partir do que somos e com certeza todos somos um pouco como nossos pais. Porque afinal, não viemos a vida para repetir quem foram os nossos antepassados, mas sim para evoluir do que foram eles.


Lavoura Arcaica é pelo que se disse (e eu acreditei) a meio que a parábola do Filho Pródigo (que a casa torna) às avesas. Face ao meu desconhecimento da parábola do Filho Pródigo em seus detalhes, fui procurar por ai sobre essa história bíblica na internet. Deparei-me de cara com um roteiro que ficou fiel demais à história original, e foi excessivamente influenciado pelas novelas do Benedito Ruy Barbosa (dá até pra imaginar o Fagundes no papel do pai). Vale por alguns diálogos entre os dois irmãos, e pela estrutura de algumas cenas. Mas o autor completa: Contudo, definitivamente preciso ler muito Syd Field (Barrett também), se quiser escrever algo melhor que Chapolim Colorado.... Com uma conclusão tão sincera dessas...

Nesse site achei a trajetória passo-a-passo e descobri que a parábola está em Lucas 15:11-24.

Bom, esse último site já me foi de serventia suficiente... mas existem outros que achei no metaminer.


É sempre bom ler sobre algo que se gosta, escrito por alguém que não gostou, perde-se aquele deslumbramento empolgado e faz com que se veja a obra mais friamente. Luiz Zanin Oricchio do Estado de S. Paulo fez isso com Lavoura Arcaica. Por curiosidade é legal conferir o que disse Rubens Ewald Filho no e-pipoca. Queria ter acesso ao crítico do Globo, que simplesmente foi completamente positivo e endeusou o filme, mas não achei a crítica.


Tem dias que tudo parece sem música e a vida perde a trilha sonora. Os sons continuam os mesmos, e às vezes existe o silêncio. Mas mesmo assim com sons ou silêncios diferentes sendo sempre os mesmos, há dias em que falta um certo brilho.

Talvez ter acordado mais tarde, não visto o céu bater na montanha e sentido o poderio do sol da manhã tenha tirado o lirismo do dia, o certo é que hoje não houve música.



quinta-feira, novembro 08, 2001


Mais uma "Dyvagação" musical do dia... Musiqueta feliz, babaquinha até a morte... mas que anima de uma forma contagiante... Mr. Big - Just to be the next to be with you

Nessa música o infeliz passa o ideal dele de amor... Esperou na fila pela mulher e agora faz promessas de fazer a vida "funcionar", de se completar... Ingenuidade romântica que corrompe a cabeça de todos nós! Música faz mal a saúde mental de muita gente, pelo menos as que tem letras tão idealistas.

O desejo irrestrito e sem que haja uma troca é o amor materno. Ninguém abre mão de nada para ser amado pela própria mãe, afinal até o Guilherme de Pádua tem mãe! E todos os outros criminosos também têm ou tiveram uma mãe, existem exceções que eles podem ter sido jogados no lixo e tudo mais... mas de qualquer maneira. Amor que é uma doação completa e sem concessões, sem formalidades é o amor dos pais pelos filhos, quando ele ocorre. E músicas muitas vezes acabam pondo na cabeça das pessoas que um outro ser humano que não nós mesmos irá nos satisfazer e que é possível ser feliz para sempre ao lado de quem se ama sem muito esforço.

Finalizando... Quem é Mary Alexandre?.... É a mulher do Vavá! Agora que isso está dito... fica tudo mais claro!


Bob Marley... TOMORROW PEOPLE

Tomorrow people, where is your best, tomorrow people how long will you last!!!

Poesia da Jamaica.

Quando achar, ou tiver saco de procurar ponho aqui a letra completa....

>>>>Atualização.


Os anos de 1960... Marcantes ainda hoje... "With a little helps from my friends" com Joe Cocker... aquela musiquinha boba do "Anos Incríveis"... É por essas e outras que muitos se prendem ao passado e aos anos 60. Comparar a trilha desse seriado "obrigatório" com Friends é uma ofensa inominável.

Lembro-me também da série que inspirou os caras pintadas... "Anos Rebeldes"... Esqueci-me da música... mas tinha também a sua marcante música tema... Mas melhor do que isso é poder "gritar junto" com os atores de filmes e séries nacionais dos anos 60. ABAIXO A DITADURA!!

Queria ter tido esse extase de multidões, comícios na Candelária nos idos de 1960, ou até mesmo fazer parte do 1 milhão de pessoas que clamava pelas Diretas Já. Grande concentração de pessoas hoje é para ver o Rock in Rio, ou assistir ao Viva Rio pedindo Paz, ou qualquer outra "questão da vez".


Frank Sinatra já morreu mas no momento ele canta....Leaving on a jetplane...

"I'm leaving on a jetplane, don't know when I'll be back again... Oh baby I hate to go..."

Concordo... odeio partir, mas o trânsito de um aeroporto revigora tantos indo, vindo, viajando, voando, buscando, despachando... Voltado ou indo para sempre. Existe algo que não se vê, mas se sente em rodoviárias e aeroportos... e no Rio, nenhum lugar é de maior trânsito para lugares distantes do que a Rodoviária Novo Rio.


O mundo aos 7 anos de idade.

Quisera eu puder lembrar de como era exatamente o mundo que me circundava nos idos de 1988. Mal me lembro das Olimpíadas de Seoul, suponho que elas fossem muito tarde e naturalmente vedadas a uma criança da minha idade por essa razão. Da Copa de 86 anos antes não me lembro de jogos. Vejo-me apenas consolado um amigo dizendo que dali a mais quatro anos viria outra Copa.

Muita coisa aconteceu em 1990 na minha vida e na do Brasil, mas lembro-me de pouca coisa. O Brasil também foi eliminado da Copa da Itália com seu mascote de pequenos quadrados. Lembro-me do gol da Argentina, e mais do que isso da derrota dos nossos vizinhos para a empolgada seleção de Camarões. Grande festa.

Existe tanto de Brasil que vem de tempos antes do meu é difícil ver a que país iremos chegar. Os filhos do plano real, hoje com sete anos ou um pouco mais, quem foi para eles Fernando Collor... Ainda não existe. Da mesma forma é difícil conhecer Tancredo aos 4 anos, ou as Diretas Já, ocorridas quando já era vivo, mas inexistente para mim até os anos 90.

Aos poucos é possível ver aquilo que foi visto por aqueles que nasceram no início da década de 1980 ou próximo disso. Ao mesmo tempo assusta ver com o que cresceram e crescem as crianças dos anos 90, de plano real, de Fernando Collor, de FHC. Isso para não falar da esfera cultural, dos filmes e da televisão a que tem acesso os infantes de agora.

Confesso que tenho medo do que se forma, como também tenho medo da responsabilidade que é ser responsável pela nova geração que está por vir e está por nascer e que aos poucos chega ao mundo, sedenta por crescer, por formar-se e por seguir além de meados do ano 2000.

Não sei até que ano verei, mas o certo é que o tempo passará por muitos anos seguintes ao fim da minha existência e convenhamos que é bem provavel que o mundo ainda esteja habitado de uma maneira ao menos similar à que está hoje. Resta apenas a responsabilidade mínima que cada um com 7, 17, 27.... tem perante os que nasceram antes.

Quando eu souber o que quis dizer com tudo isso eu aviso através desse mesmo meio de comunicação. Talvez seja o sentido da vida o eterno confronto de gerações, e aos poucos ver que pessoas nasceram e hoje são seres humanos "completos" na época em que muitos de nós já eram ou começavam a ser pessoas de verdade.



quarta-feira, novembro 07, 2001


Momento para uma homenagem a mais uma jornalista que ajuda a alavancar a "onda" dos blogs...

Cora Rónai

Em termos de Blog esse é pra mim o mais alto nível e foi de lá que surgiu o meu counterzinho tão estimado!!


E viva o counterzinho!! HAHHAHAHAHA

Melhor de tudo é que ele está exatamente aonde eu quero! Só falta ele ter um número razoável de clicks!

Ps.: Ele está localizado LÁ embaixo, junto com o simbolozinho do Blogger... Pura diversão


O pessoal do blogspot não está levando em consideração o horário de verão no Brasil, portanto desde que ele entrou em vigor em outubro todos os posts na verdade são de uma hora depois!


E, de vez em quando... LIFE SUCKS. Nesta semana, principalmente!
02 Neurônio

Porque nunca se pode ter um mês inteiro ruim, agora uma semana porcaria acontece direto! E isso serve para reforçar a teoria das semanas... e que elas tem uma utilidade enorme na localização das pessoas no tempo.



domingo, novembro 04, 2001


Uma declaração de amor... escrita por Charles Dickens no Livro "Great Expectations", traduzido para "Grandes Esperanças". As declarações desesperadas do protagonista fazem refletir sobre a "beleza" de uma paixão e o sofrimento que isso pode trazer. Porque uma paixão como a que ele vive, sem qualquer resposta do objeto que se ama, é o pior tipo de paixão. Causa sofrimento a quem está apaixonado e ao objeto da paixão, pois de certa forma quando não se conhece a natureza do que o outro sente, cria-se um medo. E é esse o conflito de quem é amado sem amar, não estar a altura do amor do qual se é fruto.

A reciprocidade é tão rara, e nem sempre ela acontece ao mesmo tempo para ambas as partes. E como um turbilhão, paixões somem e acabam confundidas com tantos outros sentimentos, dos quais o tempo deixa apenas vaga lembrança. Mas que ainda assim fazem valer tudo que foi vivido.


"You are part of my existence, part of myself. You have been in every line I have ever read, since I first came here, the rough commom boy whose poor heart you wounded even then. You have been in every prospect I have ever seen since - on the river, on the sails of the ships, on the marshes, in the clouds, in the light, in the darkness, in the wind, in the woods, in the sea, in the streets. You have been the embodiment of every graceful fancy that my mind has ever become acquainted with. The stones of which the strongest London buildings are made of are not more real, or more impossible to be displaced by your hands, than your presence and influence have been to me, there and everywhere, and will be. Estella, to the last hour of my life, you cannot choose but remain part of my character, part of the little good in me, part of the evil. But, in this separation I associate you only with good, and will faithfully hold you to that always, for you must have done me far more good than harm, let me feel now what sharp distress I may. O God bless you, God forgive you!"

In what ecstasy of unhappines I got these broken words out of myself, I don't know. The rhapsody welled up within me, like blood from an inward wound, and gushed out."


Antes de começar outubro eu escrevi que pensava ser outubro um mês medíocre. E pensar que em apenas um único e medíocre mês tanta coisa aconteceu. E agora findo o mesmo escrevo sem dúvidas que outubro de 2001 foi pessoalmente um mês memorável de grandes pequenos fatos. E de histórias e acontecimentos dos quais me lembrarei ainda durante muitos anos e tenho esperanças que me lembrarei com certa riqueza de detalhes dos primeiros doze dias que foram da melhor maneira possível alucinantes. Causam ainda hoje uma certa confusão interna, mas são os grandes e confusos acontecimentos os mais marcantes.


Sexta feira fiz uma trilha pela Floresta da Tijuca. Saindo do Parque Laje cheguei com mais 2 amigos ao Cristo Redentor. Direto, sem escalas, sem pagar flanelinhas, sem ser extorquido por preços para turista cheguei ao monumento maior da cidade do Rio de Janeiro e um dos símbolos nacionais. O destino não era surpreendente, era até mesmo por demais conhecido, a vista, os arredores, tudo já tinha sido visto e revisto sendo que a primeira visita ocorreu a muitos anos atrás.

Desprezando-se o destino, ou melhor, dando menor importância ao destino, passa-se a valorizar a beleza do caminho e o que há de novo em conhecer uma maneira completamente diferente de se atingir um destino conhecido. Embrenhar-se na mata atlântica da cidade do Rio de Janeiro, sentir-se cansado, o coração pulsante em meio a uma imensidão verde ao som dos zunidos dos carros que cruzam a rua Jardim Botânico. E no meio da montanha, olhar para o céu e ver-se quase em meio às nuvens, sentir a luz do sol batendo em um ponto isolado, enquanto no resto do tempo ela não se deixa ver pela própria densidade das copas das árvores. Mas nada superar ver o Rio, emoldurado pro árvores, a beleza da lagoa, vista do meio da floresta, depois de tanto esforço.

Chegam os trilhos, por onde passa o trem a mais de 70 anos. O cascalho, as dormentes, e o silêncio das linhas retas que se prolongam denunciando a proximidade com a civilização. Agora resta admirar a vista que tantos turistas apreciam ao passar. Sentrar num telhado de cimento e sentir a chegada das nuvens, a luz fraca do sol que cobre a cidade. E de pé, saudar com um olhar de satisfação os turistas que passam. Poder emoldurar-se na paisagem e ser verdadeiramente um nativo carioca, que se mistura a toda a beleza da lagoa e das praias da cidade maravilhosa.


Onze de setembro de 1976, data da morte do meu avô. No mesmo dia se casava a sobrinha mais nova dele, minha prima. Só hoje soube do detalhe da data, a história do casamento no dia do falecimento eu já conhecia. Vinte e cinco anos antes da aterrisagem forçada mais famosa da história aconteceu algo no plano familiar que foi marcante também. E até hoje minha prima e o marido continuam juntos, e deveriam ter comemorado 25 anos de casados no mesmo dia 11 de setembro.

As datas de um ano também se repetem. Mas depois de algumas semanas, pode-se voltar a ter uma quarta-feira histórica, enquanto um 11 de setembro pode demorar vários anos para repetir ou superar a dramaticidade de um "histórico" dia.



quinta-feira, novembro 01, 2001


Quero ter os pés desnudos para sentir o chão do mundo que me rodeia.
Veria o mundo descalço, amparado por solos áridos.
Teria o chão a segurar-me.
Sentiria a terra nua cobrindo-me os pés.
Seria descalço cercando-me por todos os lados.

Devo dizer adeus ao mundo, calçar-me e ir.
Irei caminhar para onde possa livrar dos pés as amarras
Sentir a terra que me cobre e o chão que descubro.

Pensando sobre Lavoura Arcaica.