Dysvagando



domingo, novembro 04, 2001


Uma declaração de amor... escrita por Charles Dickens no Livro "Great Expectations", traduzido para "Grandes Esperanças". As declarações desesperadas do protagonista fazem refletir sobre a "beleza" de uma paixão e o sofrimento que isso pode trazer. Porque uma paixão como a que ele vive, sem qualquer resposta do objeto que se ama, é o pior tipo de paixão. Causa sofrimento a quem está apaixonado e ao objeto da paixão, pois de certa forma quando não se conhece a natureza do que o outro sente, cria-se um medo. E é esse o conflito de quem é amado sem amar, não estar a altura do amor do qual se é fruto.

A reciprocidade é tão rara, e nem sempre ela acontece ao mesmo tempo para ambas as partes. E como um turbilhão, paixões somem e acabam confundidas com tantos outros sentimentos, dos quais o tempo deixa apenas vaga lembrança. Mas que ainda assim fazem valer tudo que foi vivido.


"You are part of my existence, part of myself. You have been in every line I have ever read, since I first came here, the rough commom boy whose poor heart you wounded even then. You have been in every prospect I have ever seen since - on the river, on the sails of the ships, on the marshes, in the clouds, in the light, in the darkness, in the wind, in the woods, in the sea, in the streets. You have been the embodiment of every graceful fancy that my mind has ever become acquainted with. The stones of which the strongest London buildings are made of are not more real, or more impossible to be displaced by your hands, than your presence and influence have been to me, there and everywhere, and will be. Estella, to the last hour of my life, you cannot choose but remain part of my character, part of the little good in me, part of the evil. But, in this separation I associate you only with good, and will faithfully hold you to that always, for you must have done me far more good than harm, let me feel now what sharp distress I may. O God bless you, God forgive you!"

In what ecstasy of unhappines I got these broken words out of myself, I don't know. The rhapsody welled up within me, like blood from an inward wound, and gushed out."