Dysvagando



domingo, novembro 11, 2001


Os dias da semana tem pouco em comum para muitas pessoas, afinal cada um tem a sua rotina, e os seus ritos diários repetidos semana após semana. Agora exceção a isso são os domingos... Talvez paire no ar uma certa paz, o trânsito de domingueiros flui diferente mesmo quando há retenções, elas são pontuais e não sintomáticas. Até os carros estacionados parecem diferentes por ser domingo, por estar sol e por ser o motorista parte de uma família. Pois cada carro parado não pertece a motoristas sós isolados em seus casulos, mas a pais e mães de família com suas proles, familiares ou até mesmo sozinhos formando simplesmente um casal.

Os jornais domingo são mais caros, têm mais letras e menos notícias, textos mais longos, quase que semanários em papel jornal. Diversos suplementos, complementos, cadernos especiais, folhetos de loja, e tudo simplesmente por ser domingo. Fosse um sábado seria tudo muito mais próximo ao que se vê de segunda a sexta, pois parece haver uma quebra muito maior entre uma segunda e o domingo do que entre a sexta e o sábado. A semana termina no dia dos maiores agitos noturnos, na noite que tem sempre que ser especial e por terminar assim o seu começo é tão apático, cheio de notícias impressas já velhas, sem serem caducas.

Amanhã é segunda e com isso recomeça o que termina sem nunca se esgotar, pois afinal toda semana é rigorosamente igual a todas as outras, extendendo-se por sete dias, de domingo a sábado, ou de segunda a domingo. O fato é que semanas se repetem sempre da mesma forma, mudam apenas os números que as acompanham, pois dias meses e anos seguem sempre em ritmos variados e não pautados pela constância dos sete dias.