Dysvagando |
segunda-feira, dezembro 31, 2001
Saldo da procura: The Wonder Years. Um blog legal de uma paulista má. Hilária a história do fulaninho de cueca do dia 15 de dezembro.
Nada para fazer, resta apenas explorar o blogs, circulando pelo vazio de relatos pessoais, compondo um mosaico de vida nenhuma.
Dois filmes a comentar. "Felicidade" ou Happiness e "O Abismo de um Sonho" ou Lo Sceicco Bianco. No primeiro temos a hipocrisia como estrela, um mundo de aparências onde todos ou aparentam o que não são, ou simplesmente são simplesmente muito piores do que aparentam ser. Em poucas palavras, mais um retrato da sociedade americana e o seu apodrecimento. Uma resenha no Cinedie tanto resenha quanto o site valem bastante a pena. Já o segundo filme, apesar de um certo clima de decepção traz consigo toda a inocência do povo italiano que se vê nas telas. Uma personagem principal infantilóide que acredita ser a "verdadeira vida" aquela dos personagens de fotonovelas é o centro da narrativa. Mas talvez o mundo maravilhoso de haréns, homens bons e maus, não seja uma realidade suficientemente adequada. Duas resenhas. "A Felicidade Segundo Fellini": Enquanto seu título original, “Lo Sceicco Bianco”, prometia uma inebriante aventura romântica, o filme era em tudo o seu oposto. (...) Nessa anti-fábula anti-romântica, onde a felicidade reside na mera aceitação do possível e do precário, Fellini plantou muitas sementes de sua obra (...) É no retorno a si mesmos que seus personagens vão encontrar um frágil consolo, não raro entre lágrimas. Ler a resenha depois de visto o filme justifica cada linha da resenha e dá um significado um pouco mais profundo ao filme em si. "O primeiro Fellini, rascunho do gênio ": São cenas, personagens e situações, é todo um conceito que voltará nos anos e filmes seguintes. (...) Derrotada na 2.ª Guerra, a Itália olhou para dentro de si mesma, à espera de um renascimento, e gestou o neo-realismo. Com o reerguimento econômico, nos anos 50, a problemática social mudou e os diretores descobriram novos temas. Antonioni e Fellini inauguraram o que os críticos chamaram de realismo interior. Mais sobre O Abismo de um Sonho. Vale também a visita ao Estação Virtual e principalmente a página de Cinema na Rede com links super úteis para cinéfilos.
Descoberto pelo Google, resolvo explorar blogs pelo google que falem sobre Natal.
Dia 24 de dezembro e a Mari fala sobre a saudade natalina. (...) a saudade que dói mais é a saudade de quem está ao nosso lado mas já não é mais o mesmo. É saudade do que foi, o que nunca será novamente. É saudade do que se viveu, e que passou, junto com os momentos. Ficam as lembranças (...) Natal brega, com luzes nos ônibus, feliz para os que não trabalham no fim de semana, nebuloso na antevéspera e por isso mais tolerável (?). Natal feliz para pessoinhas que "alegram vidas" e de certa forma essa alegria se prolonga e se expande talvez para o consumismo, talvez para a contemplação. Por fim duas críticas em uma ao amigo oculto/secreto e uma possível definição do que seria essa forma de presentear: "Sorrisos amarelos", ou ainda, dar presentes "bons" e receber "porcarias". domingo, dezembro 30, 2001
Mil coisas a dizer... mas ainda conto os dias... que ainda faltam para que eu me encontre....
Goldfinger de novo... com Counting the Days. O melhor e mais animado fora musical que conheço, ou que me lembro agora, ou até de todos os tempos. So here I go and there you went...again Just another stupid thing that I done wrong. Locked up in my head, knocked down, beaten, left for dead With all those brilliant things I should have said. I gotta get away, and find something to do 'Cause everything I hear, everything I see, reminds me of you (...) A thousand things I wanna say to you, but it's too late now. A thousand things I wanna say... A thousand things I wanna say to you, but it's too late now. A thousand things I wanna say... (...)
Achei não muito por acaso um blog com relatos sobre ano novo, datas que se repetem e também um "fora". Acho que tem a ver. O blog acabei de me lembrar que já conhecia. Dois posts merecem menção honrosa, primeiro o do episódio da CET-Rio, depois esse sobre Ano Novo. Tem também o post do fora, sugiro que se leia tudo, é um blog que vale a pena, com seus textos longos e bastante pessoais.
Tudo de perto, tem um som. Vibra quando me aproximo. O relógio de rua, um barulho forte que só se ouve no silêncio das noites e bem de perto. A publicidade, se movendo de cima para baixo, num ritmo semi-constante enquanto o inconstante ônibus não vem. A espera apura os ouvidos, que capturam tudo que agressivamente passa pela noite. Raiado o dia, ouço a fonte do vazamento, jorrando, poucos carros e domingo. Resta esperar.
Madrugada, muito cedo, ou tarde demais. Por volta das cinco horas da manhã praia, Ipanema um quiosque. Uma frase inglês, um inglês sem muito sotaque, mas um inglês vendido, prostituindo-se. Uma câmera, dois gringos e uma prostituta. Ela se oferece para dançar de novo, a camêra ligada, a jovem aparece duas vezes, na pequena tela do aparelho e na chocante realidade, aquilo não é gravado, não é falsidade, está se gravando, uma vida real, que se vende. Entrega-se a caprichos estrangeiros.
Quero voltar, ver de novo, ser um expectador inanimado, assistindo complacente. Mas antes de mim chegam os PMs, não sei o que fazem não sei o que farão, suspeito, desconfio, e sigo meu caminho. sexta-feira, dezembro 28, 2001
Queria saber ao certo que horas são. O dever me chama, devo partir. Não tenho sono, mas anseio pela companhia de travesseiros. Seria melhor estar junto ao sol que não veio, a amada ausente, ou simplesmente, só e em paz. Nada resta a não ser o inexorável futuro vivido minuto a minuto.
Para tudo, já faz um ano. Podem ter passado dois, três anos. Que tenham sido vinte, não me lembro. Mas cada dia do ano, no fim de cada ano, parece ter sido em algum momento marcante. Pena que não me lembro de todos os anos, dos dias especiais de cada ano. Mas estão presentes, difusas na minha memória datas que não são históricas, mas simplesmente, partes que integram com destaque os momentos rememorados.
É positivo sair, ver a vida, respirar. Quero que o ar que me cerca seja mais quente quando tenho frio e torne-se brisa leve quando me incomoda o calor.
Condicionado o ar que ao redor, em circulo eterno, refrigera mais do que preciso, sinto frio. Passeio, vou longe, percorro quilômetros, mas tudo que espero, são as dezenas de centímetros, que deliniam minha cama. O barulho constante do condicionador, fixo, preso a parede, e o conforto duradouro da pesada coberta que me aperta. Acordarei mais cedo amanhã, para ver o sol. Talvez esse amanhã tenha sido antes, ou demore a chegar. Mas quando vier, quero estar pronto, livre leve e solto e com problemas novos a resolver. Durmo agora, já tarde, para acordar ao meio dia, almejando ser novo mais esse dia que não vi surgir. quinta-feira, dezembro 20, 2001
Uma semana, cinco úteis e longos....dias. Muitas horas, calorias, tudo consumido. Resta sempre a sede, de viver mais um dia, encarar uma vida. Dormir e acordar até dormir para sempre.
Tão breve o sono, tão cheios os dias. Ainda assim, um vazio me pertence. Não sou dono daquilo que me falta e conquisto tudo que não tenho, vivendo com tudo que sempre tive.
Acho que foi ontem, dormi. Sempre durmo, sonhei como nunca me lembro. Ressenti antigas dores, sentimentos. Dormi enfim, acordei, pensei, em um dia sem tempo para parar e pensar. Fugi uma vez, não achei-me em meio a doce fritura, lanche pesado na mente turva.
Não pude correr, não tinha destino certo, ou momento de portas abertas. Corri, fui-me e nem vi, comprimiu-me o peito a dor do não ter feito, do não saber fazer. E como sempre, resta o tempo, já faz tanto. Quero novos. quarta-feira, dezembro 19, 2001
Quando o suor não surge, apenas ameaça é ai que ele mais incomoda. Suar em gotas, que pingam, que escorrem, que brilham ao sol enquanto corres, isso é certo. Agora suando só de ficar sentado, resta apenas ligar o ar-condicionado.
terça-feira, dezembro 18, 2001
Definitivamente é Natal, ou quase. O garoto de menos de dez anos às dez da noite vendendo gorros de Papai Noel deixa isso bem claro. Como se não bastasse a imensa árvore na Lagoa, "discreta" publicidade de uma seguradora, e os ônibus vermelhos, com suas luzes emoldurantes, publicidade ambulante nada discreta.
Vende-se mais no Natal. Vendem-se tocas a dois reais. E não só no fim de ano, meninos, adultos e artistas, trabalham à noite. Com vendas, limpezas de para-brisa e fogo. segunda-feira, dezembro 17, 2001
Pensando sobre do fast-food universitário. Sem muitas divagações minhas, mas com colagens de idéias externas. E naturalmente a "personalidade central" do tema é o jornalista Carlos Eduardo Palhano que orquestrou a desmoralização completa do processo de seleção de universidades particulares na cidade do Rio de Janeiro. Por ser formado por uma dessas universidades "unidas para o lucro" naturalmente que Palhano não busca simplesmente demoralizar o ensino que recebeu. E no seu esforço pessoal de reflexão e moralização, montou o sítio Universidade em Pauta que aprofunda ainda mais o tema da sua monografia de fim de curso.
O texto no Observatório: Logro e simulação na indústria do ensino. Na busca pela otimização de seus resultados, tais empresas educacionais, tacitamente, abandonam o setor terciário e migram para o setor secundário da economia. Ou seja, deixam de vender um serviço, o ensino superior, e passam a comercializar um bem, o diploma de terceiro grau – cuja demanda é, realmente, muito maior. E essa venda, como reforça o autor, não é feita de forma clara, mas ao contrário, cria-se uma "simulação" onde o estudante é levado a crer que o diploma que está "adquirindo" irá dar a ele acesso a um mercado de trabalho cada vez mais disputado. Parte-se de um presuposto que os esforços na busca do diploma serão suficientes para enfrentar a realidade. Seguindo a colagem, temos a opinião de Victor Gentilli analisando não mais o fato, mas a repercussão e concluindo que: O Fantástico terminou confirmando o Observatório. Na mesma página links para outros escritos sobre o mesmo tema e a "famosa" entrevista do fundador da estácio ao jornal Folha Dirigida. O texto intitulado UM URUTU CHAMADO BRASIL no blog (não tão blog) Evasão de Privacidade baseia-se na repercusão do fato também e dirige críticas mordazes ao digníssimo fundador da Estácio, João Uchôa. E novamente está na conclusão uma certa síntese do que foi dito: Claro que há bons alunos na Estácio. Mas a Estácio não foi feita para eles. Aliás, a Estácio não foi feita para ninguém. Baseando-se nas declarações de seu reitor, a Universidade Estácio de Sá, tal como os animais irracionais, não se preocupa com outra coisa senão com sua própria existência: seu único aluno, portanto, deveria ser um urutu chamado João. A petulância, auto-referência e falta de profundidade estão presentes no texto do site do Fantástico. Realizou uma continuação da matéria da semana anterior onde foi usado o "método Palhano" de aprovação no vestibular. Dessa vez houve uma certa "sofisticação". Dois candidatos igualmente analfabetos, orientados a marcar aleatoriamente as questões de 'A' à 'E' em uma prova de seleção que não exigia dos "vestibulandos" sequer uma redação. Em uma colagem de opiniões publicadas durante a semana em jornais do mesmo grupo Globo e no O Estado de S. Paulo passando por uma avaliação matemática de Oswald de Souza a reportagem cria o alarme, assustando vovós e famílias inteiras Brasil a fora com o o absurdo de um processo de seleção que aprova todo mundo. As chances de uma pessoa acertar 51% das respostas é apenas uma em 941.548. Isto é', seria muito mais fácil jogar nove dezenas e acertar a mega-sena. Sempre a "matemática mega-sena" do Fantástico. E acima de tudo: A denúncia do Fantástico foi assunto nos jornais e revistas semana passada. A indignação de leitores e jornalistas foi grande no país inteiro. Apesar de muito ter sido escrito sobre o tema, acaba tudo virando tema de debates no país de analfabetos, sejam padeiros, empregadas domésticas e quantos outros. E sinceramente essa ignorância ao contrário do que defende o chefe do conglomerado Estácio, não é uma opção válida e nem tem com ser. Ignorância pode ser opção para ele e para jogadores de futebol e "artistas", não para o "povo". sábado, dezembro 15, 2001
Saber pensar é saber deixar alguém pensar. Um papo chato sempre leva a uma troca de idéias no vazio, pessoas falando sozinhas umas para as outras.
Saber amar É saber deixar alguém te amar (...) A quem não veja a onda onde ela está E nada contra o rio Existem aqueles que não veêm a vida onde ela está e nadam contra si mesmos. Contra o rio, contra as verdades ou contra os meios buscando um fim para tudo. sexta-feira, dezembro 14, 2001
Acima da figura, temos a suruba. Uma verdadeira suruba de linguagem foi OUVIR na rádio que "com o verão chegando aí a programação está ficando com CARA DE MARESIA". Uma única frase que jamais poderia ser escrita, somente transmitida oralmente, "tocando" quase todos os sentidos humanos. Audição gravemente atingida pelos absurdos do radialista; olfato; e viajando um pouco em cima, os demais sentidos quando se pensa em verão associado a maresia.
Sentir a areia fofa nos pés, as ondas que causam maravilhosos caldos e o sol fritando cada uma das células da pele que estão mais expostas e fazendo com que as que sobram produção melanina loucamente, ou simplesmente morram. "Cara" lembra visão, e o cheiro do mar está sempre ligado a belas vistas, de praia. domingo, dezembro 09, 2001
E por isso que eu leio Cocadaboa: Big Blogger Brasil. Informações e adapatações inúteis sobre televisão digeridas no computador.
Dicionário de expressões latinas. Grande utilidade para aqueles momentos em que tudo o que se precisa é uma expressão em latim para dizer algo de uma forma mais pomposa, e onde mais se poderia achar tal coisa na internet a não ser num site para advogados.
E a expressão do dia é Jus persequendi ou, direito de perseguir.
A vida é sempre mais simples na infância. E quanto mais se sabe, mais e complicam as coisas. Agora graças as dicas do FAQ do Edney, e a colaboração voluntariosa da Taty, sei o suficiente para poder tentar aventurar-me por esse mundo html mais a sério... E não adianta mais ficar nessas de arranjar um template e fazer modificações, o lance é escolher cores, fundos, imagens, extrair de
Links para um velho amigo, novo blogueiro. sábado, dezembro 08, 2001
Friday, I'm in love. Tarde demais, já é sábado. Mais uma semana com seus 30 segundos de paixão durante todos os dias, ou dias sim dias não.
Os segundos em que te vi, foram os segundos, únicos, que te amei. Foi sexta feira, mas poderia ter sido outro dia. São segundos, minutos, que sozinhos, não são nada mais que... nada mais.
Um bom achado blog (sub rosa), com um post recheado de comentários e links interessantes sobre o que são esses diários descompromissados, de pessoas querendo pensar, escrever, informar a si e aos outros.
Um refrão distorcido, daqueles que se repete irritantemente na minha cabeça, até que eu comece a ouvir algo além dos meus pensamentos e das teclas do computador. Remorei essa música devido as fotos do John Lennon nesse blog. Sem mais delongas... All you need is blog Blog is all you need Achados no blog da Cora.
Algum dia nessa semana encontrei de novo com o asiático empregado da economia informal no Brasil. Ele escutava música no rádio de pilha que vendia, e estava com o mesmo stand improvisado de antes, cheio de óculos e mercadorias baratas.
A disciplina chinesa ainda dominará o mundo. Talvez fosse o caso de começar a praticar Falun Dafa, ou algo espiritualmente mais elevado. A disciplina oriental, e o jeito calado daquele chinês quase me assustam. Faz-me lembrar das pastelarias chinesas, e a disciplina e organização, quando em grupo os chineneses se comportam como um exército, comandados por uma voz central sempre forte, aguda. Maldição filmica que se abateu sobre a minha maneira de pensar e de certa forma mudou a realidade dos fatos. É assim que se criam os preconceitos, afinal eu nem conheço o chinês-da-muamba e já o imagino mais forte, vejo a sua disciplina sem saber se ele é disciplinado.
Passeando na praia, aproveitando o estranho calor que faz hoje recebi um inusitado panfleto. Uma disciplinha chinesa tradicional para o aprimoramento da mente, corpo e espírito. Detalhe é que são 100 milhões de pessoas no mundo inteiro, mas vale a reflexão, se é uma disciplina chinesa e só na China existem 1 bilhão e 200, ou 300 milhões de pessoas, o fato de mais de 100 milhões de pessoas serem praticantes se torna menos relevante. Basta que 10% da população da China pratique o Falun Dafa e já se atinge o número total de praticantes no mundo todo.
ZHEN, SHAN, REN: Verdade, Benevolência e Tolerância. sexta-feira, dezembro 07, 2001
Creep do Radio Head, ou quem sabe The Smiths com Please, Please, Please Let me get what I want. Definitivamente a maneira superior de se sentir inferior fica com Smiths e Cia.
See the life I've had Can make a good man Bad So, for once in my life Let me get what I want Lord knows It would be the first time Lord knows It would be the first time. Com um final desses, de que adianta dizer "I wish I was special, but I'm a creep" inúmeras vezes. E talvez haja uma outra diferença fundamental entre as músicas, Creep além de ser deprimida é depressiva, e esse não é exatamente o caso com a música dos Smiths. Os verdadeiros sofredores sabem ser felizes sofrendo, não adianta tentar fabricar o sentimento de ser depressivo, simplesmente se é. Vale para as músicas, vale para a vida, ou vice-versa. Houveram frases musicais, sentimentos artificiais motivados por músicas baseadas em sentimentos ruins, mas dura uns dias e fim. Amores de batidas fortes, não merecem ser debatidos quando findos. Músicas longas, parecem mais completas, pode-se sentir mais com elas, as pequenas vão embora definidas em seu propósito. quinta-feira, dezembro 06, 2001
Não poderia achar melhor exemplo de como os hábitos televisivos orientam e doutrinam a vida das pessoas. E não é só na grade diária fixa dos dias de semana. É através de programas que só passam uma vez ao ano também.
Enquanto a televisão não entrar no clima, vou continuar fingindo que nada está acontecendo a minha volta. Recuso-me terminantemente a acreditar que daqui a 20 dias é Natal se a Globo não tomar alguma atitude! (...) ...ficarei presa neste ano para sempre ou até que o Rei resolva fazer seu especial, porque meu ano só acaba depois que ele joga aquela última rosa pra platéia ao som de "Emoções"... O blog é da Joana, e o link achei na Cora.
Sinceramente sendo a data dessa discussão de internet verdadeira, isso a tornaria algo extremamente interessante.
Poderia o WTC realmente resistir a um impacto de um Boeing 707, o maior avião sendo feito à época da construção das torres? E ao de um 767-300? Fato é que as torres não resitiram a um 747. ©Idéia Ordinária - I/O, aqui. Essa foto me faz lembrar daquele filme onde as pessoas que sofriam acidentes aéreos eram resgatadas segundos antes da morte por uma máquina do tempo. Em um tempo longínquo no futuro, o planeta precisava ser povoado, ou repovoado. E no tempo presente e que proibiu novos atentados, ou acidentes aéreos nas telas de cinema, a vida humana vale ainda menos do que nos tempos primordiais do que hoje se chama civilização, afinal são 6 bilhões exaurindo as riquezas do planeta. Fotos © Boeing. quarta-feira, dezembro 05, 2001
Cada um é o que come, e cada um é o que lê. Pelo menos ler não aumenta engorda. E ao contrário de comer, quanto pior o nível da leitura, maior a subnutrição. Há os que conhecem a Bíblia, mas não sabem decifrá-la além das metáforas mais óbvias, e mais comumente dentre os que me cercam, há os que muito se informam sobre tudo, sobre passado presente e futuro, para concluir que nada sabem.
E complementando pela terceira vez, como disse Manoel de Barros no poema do Coisas Bobas...Todas estas informações têm uma soberba desimportância científica - como andar de costas. terça-feira, dezembro 04, 2001
O Banco de Dados TV-Pesquisa constitui um documento contemporâneo da memória coletiva sobre o fenômeno televisivo, por recuperar, por meio de documentos publicados na imprensa escrita brasileira, as temáticas abordadas pelo fugaz veículo mediático que é a televisão, garantindo, assim, sua continuidade.
De acordo com o tema: A internet como o meio de superar a oralidade, de certa forma meu sonho de uns posts atrás.
Dica para mim mesmo, navegue sempre em um browser diferente do que usa para editar o blog. Afinal o comando "finalizar tarefa" é meio agressivo e não poupa janelas.
Excelente música para terminar o dia... um ska do Goldfinger... Counting the Days...
Still counting the days I've been without you 1, 2, 3, 4... Still counting the days that you've been gone. Still counting the days since you left me. 1,2,3,4... Still counting the days since you've been gone. (...) A thousand things I wanna say to you, but it's too late now. A thousand things I wanna say... (...) É poder contar, somar os dias e calcular que tudo foi certo, principalmente, porque foi. Ainda assim há quem não entenda que o passado lá deve permanecer antiguidades vividas que não podem ser rememoradas. E o que antes era tela onde se projeta só o bom e o belo, hoje tornou-se uma tela de tudo que é mal, ruim e feio. Fechadas ficam as cortinas portanto, até que se possa ser e ver a si mesmo e ao outro, de forma pura, sem projetores, sem signifições corrompidas. Faz pensar, sem entristecer, afinal, o passado enterrado está. E em uma semana, um mês, ou um dia, não se cria traumas e ressentimentos, que durem mais que alguns dias. Mesmo sendo uma semana a síntese de tudo, não se pode viver tudo em uma única semana, nem em duas que seja. segunda-feira, dezembro 03, 2001
"Eles (os internautas) não abandonam suas famílias e amigos por ficarem algum tempo usando o computador. Eles simplesmente vêem menos TV"
Pessoalmente aqui em casa o "eletrodoméstico" principal está cada vez mais sendo o computador. Pelo mesmo motivo que para o Denis Dias, banda larga. Ainda sonho com o dia que a internet vai ser realmente tão comum quanto a televisão, e melhor do que sonhar com isso, acredito piamente nessa realidade futura. Uma sociedade que leia e opine mais e não tão oral quanto o povo brasileiro é atualmente. Aliás isso me lembra o site de pesquisa de um professor da PUC. Agora não sabia mais o link (TV-Pesquisa), fui procurar.
Lá achei um blog que procurava A TEMPOS... que tem também uma seção de links super interessante, o apartment302.
Um daqueles blogs semi-profissionais feitos por quem entende de html.
concatenum.com Controle remoto com link para mais de 1000 blogs... Quanta paciência e ainda existem diversos outros links com certeza um blog que vale a visita.
Bela reprodução de Kandinsky achada no blog Coisas Bobas. Rico em links diversos e em belas reproduções, vale uma futura (ou futuras) visita(s), só não sei se pelo texto também que não cheguei a ler.
Dica encontrada no Piores Blogs®. No caso uma daquelas exceções ou um "nem sempre" do slogan "nem sempre falando mal do blog alheio".
MUITO trabalho para por todos os links abrindo em outras janelas, ou pelo menos todos de novembro e dezembro, ainda falta outubro inteiro e o único dia de blog de setembro. Valeu a pena, era uma das minhas frustrações como um novato nesse universo html/blogger.
Agradeço.
Cora Rónai que me desculpe, mas a linda árvore da Lagoa é um grande transtorno. Todos tem o direito de vê-la, ao vivo, de perto, mas será que para isso é necessário o caos no trânsito nos fins de semana. Tenho certeza que no próximo tudo será tão ruim como nesse que se passou. Carros por todos os lados, por todas as calçadas, flanelinhas irritantes, centenas de pessoas bloqueando a orla no local onde a árvore está mais próxima. Acho que quem capitaliza em cima dessa árvore poderia ser um pouco mais inteligente e pô-la em um lugar que suporta-se a quantidade de pessoas que ela atrai porque sem dúvida a minha estimada curva do calombo não suporta, como já estava provado ano passado e ficou mais claro esse ano.
Os comentários (2.12.01 e 28.11.01) da Cora sobre a árvore que ela tanto estima, e que eu também não deixo de achar um adicional a linda paisagem da Lagoa, e que me dá uma enorme vontade de alugar um pedalinho e desfrutar da orla à noite. Aliás na estréia da árvore senti-me em meio a uma guerra, os fogos de artifício fizeram tremer os vidros dos prédios próximos e o ondes de onde moro também. As belas explosões refletidas na parede do prédio ao lado completavam o ambiente "de guerra". Mais um pouco e minha imaginação me jogaria para "Apocalipse Now" na cena que mostra a última base americana no Vietnã em meio a fogos de artifício e soldados ensandecidos.
Hoje eu reparei que recebi dois comentários sobre o post da bandeira da coréia... não entendi lhufas do segundo comentário. E fiquei sem poder entrar em contato afinal a pessoa estava usando um nick que desconheço...
Documentário Espanhol sobre "El caso Pinochet"
Seção de links interessantes, cubrindo páginas de direitos humanos ao redor do mundo bem como o caso Pinochet. Como a página é toda em flash, não dá para por os links individuais para cada parte, os links estão na seção "otros"
Blog paralelo com reviews de alguns fundos para produção de documentários e produções audiovisuais em geral, assim como alguns festivais. Basicamente muitos links majoritariamente nos EUA sobre finaciamento artístico, ou o capital especulativo em favor da arte, ou ainda as sobras da grande economia americana sendo distribuída para artistas ao redor do mundo.
domingo, dezembro 02, 2001
A revolução de hoje em dia. Talvez ela simplesmente não exista, ou pior do que isso, talvez sejam incompetentes demais os jovens de hoje para revolucionar o que quer que seja. Falta-nos a repressão, o estar submetido a regras injustas que nos impulsionam a lutar verdadeiramente por algo que se acredite.
Parece só haver uma luta, a luta do senso comum contra a globalização e a "cartilha do FMI", aquela que "nos enfia uma pacote de maldades goela a baixo". Não se pode lutar sem bandeiras, ou pegar bandeiras usadas mas se não se sabe fazer bandeiras, melhor não lutar e se preocupar em tece-las. A multiplicidade de opções pareceu ter produzido apenas a desorientação. Impelidos a juventude, a felicidade e a tentar mudar o mundo, mas sem saber o que resta a ser feito. Ou talvez hajam coisas demais a serem feitas, um país e um mundo que se crê pronto, mas que é incompleto e que tende a se destruir. Por hoje, resta o por hoje, um por hoje que leve em conta o amanhã. E os anos por vir, sejam os anos que todos iremos viver ou os anos mais "pessoais" que cabem apenas nos planos individuais.
A União Juventude Socialista Zona Sul (página em construção) estava na Lapa sexta feira a noite. Estavam divulgando o abaixo-assinado para tirar a polícia daquela região. Tinham como slogan "Rapa fora da Lapa" ou qualquer coisa que o valha. Fiz mal em jogar o panfleto fora, haviam grandes pérolas de militância infantilóide que não se pode levar naquele pedaço de papel. Assim como nos jornais também.
A justificativa "principal" para que os policiais fossem privados do direito de ir e vir na Lapa era basicamente porque a PM vem agindo no sentido de coibir o comércio informal na região durante a noite, comércio no caso representado por vendedores de cerveja, bugigangas neo-hippies e quem mais esteja atrapalhando o enorme fluxo de pessoas na rua que fica intransitável face ao número de frequentadores. A iniciativa de se manter tendas na rua com música ao vivo e músicos mostrando o seu trabalho é uma idéia que sem dúvida vale a pena ser defendida. Mas o que os jovens da UJS estavam propondo soa no mínimo inteiramente absurdo, expulsar a polícia de uma área de enorme concentração de pessoas, e chamar quem para fazer mininamente a segurança? Os flanelinhas, policiais sem farda que se auto-denominam de "seguranças" nas horas vagas, ou quem sabe até os traficantes que fornecem a matéria prima para os cigarros feitos na hora que os adeptos do reggae e de outros estilos gostam de fumar. E é essa a preocupação de um movimento que se denomina socialista? Defender o fim da repressão policial em nome de interesses que eles dizem ser o da interação entre universitários e as camadas menos letradas da população. Não há dúvidas quanto a democracia e excelente troca de idéias que acontece todos os fins de semana naquela região. Um espaço livre, mas centrado na diversão e ao invés de estimular o fim da polícia um grupo que se diz de esquerda e talvez por isso progressista, deveria se preocupar em debater o papel da polícia no Rio de Janeiro e questões um pouco menos "fechadas" e que realmente levassem a uma melhora mínima da sociedade. sábado, dezembro 01, 2001
A preocupação pontual com acontecimentos da vida alheia afasta a consciência sobre a própria existência. Não me importa conhecer cada ato, cada gesto de uma personalidade, ou detalhes sobre a guerra. Ver a vida alheia em detalhes é a melhor maneira de ver-se longe de si mesmo.
Fatos pontuais devem ser apenas os construtores da conjuntura e não estarem soltos, esparsos, jogados como que numa coluna social. Centrado nos conflitos de habitante urbano, posso ver o que quero, e não o que quero que eu veja. Tudo e todos orietam o pensamento e quem somos, mas só o que vemos, ouvimos escutamos e associamos é que dá respaldo a uma realidade mais verdadeira. |