Dysvagando



sábado, dezembro 01, 2001


A preocupação pontual com acontecimentos da vida alheia afasta a consciência sobre a própria existência. Não me importa conhecer cada ato, cada gesto de uma personalidade, ou detalhes sobre a guerra. Ver a vida alheia em detalhes é a melhor maneira de ver-se longe de si mesmo.

Fatos pontuais devem ser apenas os construtores da conjuntura e não estarem soltos, esparsos, jogados como que numa coluna social. Centrado nos conflitos de habitante urbano, posso ver o que quero, e não o que quero que eu veja. Tudo e todos orietam o pensamento e quem somos, mas só o que vemos, ouvimos escutamos e associamos é que dá respaldo a uma realidade mais verdadeira.