Dysvagando |
domingo, dezembro 30, 2001
Madrugada, muito cedo, ou tarde demais. Por volta das cinco horas da manhã praia, Ipanema um quiosque. Uma frase inglês, um inglês sem muito sotaque, mas um inglês vendido, prostituindo-se. Uma câmera, dois gringos e uma prostituta. Ela se oferece para dançar de novo, a camêra ligada, a jovem aparece duas vezes, na pequena tela do aparelho e na chocante realidade, aquilo não é gravado, não é falsidade, está se gravando, uma vida real, que se vende. Entrega-se a caprichos estrangeiros.
Quero voltar, ver de novo, ser um expectador inanimado, assistindo complacente. Mas antes de mim chegam os PMs, não sei o que fazem não sei o que farão, suspeito, desconfio, e sigo meu caminho.
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