Dysvagando |
quinta-feira, janeiro 30, 2003
Idéias para uma cidade...
Pensando em tudo que não deu certo, em uma cidade cheia de imperfeições é ainda mais angustiante ver projetos desenvolvidos para nada. Um bando de gente, num esforço enorme, pensando a urbe paulista. Foi apenas mais uma idéia em meio a tantas. E tudo isso por todo o trabalho para pegar um filme aqui. E mais trabalho a frente para outro acolá. Que venham, é belo o mundo onde se produz, se compra e se anuncia. Em 2003 que algo de bom fique para 2004. Afinal, o ano que passou deixou apenas restos inflácionários e dolar nas alturas para o que se inicia. domingo, janeiro 26, 2003
Hollywood é aqui....
Na página do NY times o trailler do filme Cidade de Deus. Só que em inglês, por ser agora o "City of God" da Miramax. E nesse idioma o filme atinge toda a sua "grandiosidade" ficcionando a vida. Tudo baseado num história real ambientada a 15 milhas do paraíso, como narra o locutor americano. O rapper MV Bill lançou o seu protesto na favela. Que repercutiu e foi respondido tanto por Kátia Lund como Fernando Meirelles. Mais links: Hot Site IG: Feito para dar mais uma voz à polêmica causada pelo video de "Soldado do Morro" que pode ser assistido em banda larga, ou 56kbps. Revista Época - 28/08/2002: MV Bil llança 'Declaração de guerra' e critica o filme 'Cidade de Deus' Na faixa 'Soldado morto', MV Bill fala em primeira pessoa como um marginal morto. Nessa matéria também a letra completa da música.
...tá escorrendo tudo bem...
Depois de uma chuva grosseira, um calço hidráulico. Muita água com um toque de tragédia que matou um casal que andava na chuva. Como informa no plantão Rio do Betão, Renata Victal do jornal Extra assina: "Eles passavam pela Rua Mem de Sá quando um fio de alta tensão caiu sobre uma possa d´água". quarta-feira, janeiro 22, 2003terça-feira, janeiro 21, 2003
Um poema velho...
Por um novo Brasil que desde muito ainda se espera e com o qual em 1926 Gilberto Freyre sonhava... O outro Brasil que vem aí Eu ouço as vozes eu vejo as cores eu sinto os passos de outro Brasil que vem aí mais tropical mais fraternal mais brasileiro. O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados terá as cores das produções e dos trabalhos. Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças terão as cores das profissões e regiões. As mulheres do Brasil em vez das cores boreais terão as cores variamente tropicais. Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil, todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco. Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil lenhador lavrador pescador vaqueiro marinheiro funileiro carpinteiro contanto que seja digno do governo do Brasil que tenha olhos para ver pelo Brasil, ouvidos para ouvir pelo Brasil coragem de morrer pelo Brasil ânimo de viver pelo Brasil mãos para agir pelo Brasil mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e norte-americanos a serviço do Brasil mãos sem anéis (que os anéis não deixam o homem criar nem trabalhar). mãos livres mãos criadoras mãos fraternais de todas as cores mãos desiguais que trabalham por um Brasil sem Azeredos, sem Irineus sem Maurícios de Lacerda. Sem mãos de jogadores nem de especuladores nem de mistificadores. Mãos todas de trabalhadores, pretas, brancas, pardas, roxas, morenas, de artistas de escritores de operários de lavradores de pastores de mães criando filhos de pais ensinando meninos de padres benzendo afilhados de mestres guiando aprendizes de irmãos ajudando irmãos mais moços de lavadeiras lavando de pedreiros edificando de doutores curando de cozinheiras cozinhando de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens. Mãos brasileiras brancas, morenas, pretas, pardas, roxas tropicais sindicais fraternais. Eu ouço as vozes eu vejo as cores eu sinto os passos desse Brasil que vem aí. "Poema escrito em 1926 e publicado no livro "Poesia Reunida", Editora Pirata - Recife, 1980..." Tirado daqui. Ainda no releituras, biografia e bibliografia de Gilberto Freyre. terça-feira, janeiro 14, 2003
Inicialmente...
É tão difícil, recomeçar Uma nova vida, talvez nem tanto É mais, um amor depois de alguns. Passados, na mémoria Ainda recentes. Só se apagam turvas lembranças Através de novos presentes. Bom seria poder sempre esquecer Mas, um esquecimento veloz Deixa o que era tanto, tão pequeno. Posto que então, Com novas memórias Sem pressa Constroem-se novos amores. Outra cadência, Outros ardores O por lembrar do passado, Mais fortes pilares. Daqui... Se separam. Perde quem tiver mais memória. 2.1.03 A vida sem ela Amantes jovens às vezes dizem, depois da separação, que ?a vida vai ser impossível sem ela?. Os outros riem disso, e eles mesmos riem, passados dois ou três anos. Mas acho que estavam certos antes, e ficaram errados depois. No momento da separação, viam com clareza algo; passados dois ou três anos, se esqueceram desse algo. Mas estavam certos antes. segunda-feira, janeiro 13, 2003
Bomba, bomba, bomba...
Um estudo sobre Google Bomb. E a minha própria. Não chega a ser exatamente uma bomba, mas ainda assim é impressionante ter o seu nome verdadeiro ligado ao blog, se nunca escrevi meu nome aqui. Mas faz sentido, se post comments em sites dos outros usando meu nome e não o nick. Visto primeiro no Cocadaboa Diário. Aqui eles propõe também a sua bomba com um link para as fotos da Thaís do Big Brother pelada domingo, janeiro 12, 2003
Durante o dia....
Nada como um domingo de janeiro na cidade protegida de São Sebastião. Um sol, levemente encoberto e sem causar o calor desértico de verões cariocas. Andando pelas ruas do Leblon, num dia inútil de uma cidade em férias. Carros concentrados apenas na via máxima do bairro. A do comércio e dos ônibus. Na praia, carros em sentido único e três pistas sob uso de pedestres. Um passeio a pé. E olhando abaixo, vê-se o mar, os prédios, a areia com pequenos pontos humanos. Todos os dias podiam ser domingos de janeiro. Não fosse a inviabilizante população flutuante que toma as ruas dos bairros nos dias mais de lojas abertas. Falta gente na rua em dias não úteis sem sol. Ainda assim, até mesmo os prédios parecem vazios. É tão pouca gente circulando pelas calçadas que também nas estruturas de concreto, falta vida. Nem sempre é bom que seja sempre domingo. quinta-feira, janeiro 09, 2003
Preocupação com problemas alheios...
![]() O texto foi publicado inicialmente na revista High Times, especializada em "contra-cultura" e maconha. E a seguir ganhou a mídia mundial com reportagens online pipocando. Descobertas sobre o passado da humanidade e mais especificamente sobre o pai do Cristianismo criam uma enorme repercussão. E quais seriam os sentimentos dos norte-americanos e seu conservadorismo perante as drogas. Na sociedade vitoriana Thomas de Quincey "inventou" o conceito de tomar drogas para se divertir e influenciou milhares de artistas e pessoas comuns até os dias de hoje. Ao ponto de que atualmente, o grande inimigo do mundo parece ser exatamente esse uso recreativo das drogas. Definitivamente não é mais sensato acreditar em um mundo onde as pessoas, todas elas, vivam sem o hábito que De Quincey introduziu na sociedade de seu tempo. A juventude americana está corrompida e precisa ser monitorada aos olhos de uns, ou sendo cada vez mais vitimada na tentativa de proteger os jovens da drogas. Mais recursos. Milagres de Cristo podem ter sido feitos com maconha - BBC Brasil Pesquisador diz que Jesus usou maconha em milagres - Terra - Ciência quarta-feira, janeiro 08, 2003
Justificativa para só postar quando der vontade...
Um diário semi-jornálistico que se preze deveria conter algo mais que bobagens e escritos vazios. No entanto, cada notícia, fato relevante ou divagação profunda necessariamente precisa de um embasamento. Ainda que pura e simplesmente dentro da própria esfera internautica. Desocupar-se ocupa muito tempo de um ser humano e só um sujeito a toa ou pessoa multi-tarefa consegue manter uma vida e escrever todo dia. Portanto hoje sendo um dia de webmaster para www.murilosalles.com, nada me resta a não ser deixar que apenas pensamentos condensados tomem o espaço de um conteúdo de maior utilidade. segunda-feira, janeiro 06, 2003
Recordar é viver...
Página dos vermelhos, faz lembrar a UJS. Que certo tempo atrás, depois de andanças na Lapa inspirou esse post. Para completar, uma pitada de sentimentos alheios. Uma blogueira que passou da crença na UJS e sua paixão pelas suas causas e "meninos interessantes" para acreditar em Linux.
De volta à política...
Lula é popular, nesse artigo, mostra-se a popularidade do presidente da Republica Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez. Traçando um paralelo com notícias nos jornais de hoje, resta apenas torcer para que pontos positivos e urgências nacionais não escravizem o governo que nasce no Brasil. Não se pode governar sem o povo, mas também não se deve governar só para ele. Getúlio Vargas foi considerado pai dos pobres, e a mãe dos ricos. Felizmente os petistas parecem estar muito mais identificados com as mudanças trazidas pela "Era FHC" que "modernizou" avanços obtidos por Vargas e pelos militares, do que com a esquerda do antigo Partido Trabalista Brasileiro (PTB). A social democracia dos oito anos de FH não conseguiu os avanços que prometeu e que pretendia. Talvez por isso, o 'continuísmo' do qual reclama o PSTU tenha sem dúvida alguma o seu fundo de verdade, afinal o governo de esquerda está bastante ao centro na esfera política e conta em seus quadros com figuras do PSDB. Os que querem seu messias, enxergam em Lula o seu Antônio Conselheiro, mas todos os brasileiros, eleitores ou não, parecem concordar que o país tem de mudar. A notícia hoje... Lula decide regularizar propriedade nas favelas Jailton de Carvalho BRASÍLIA Com base na determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de combate permanente às desigualdades sociais, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, decidiu criar, em caráter prioritário, um programa de regularização em massa de lotes, barracos e casas de moradores de favelas das grandes cidades do país. A idéia é facilitar a concessão de escritura para milhares de donos de terrenos ou barracos que, embora tenham a posse, não dispõem dos títulos de propriedade. Espécie de cartão de cidadania, os títulos permitiriam a seus portadores acesso a benefícios, desde financiamentos bancários para melhorar as casas até crédito no comércio para compras a prazo. (...) - Crédito para reportagem tese desse post para o Motocontinuo, que pegou a dica no Claudio Cordovil. domingo, janeiro 05, 2003
Novidade de 2003
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Voltando do ano novo...
![]() E sobre o mundo interior, um pouco de loucura em Spider de David Cronenberg. Aclamado por diversos críticos, prefiro concordar com um deles. E acreditar que é mais um daqueles filmes para ser ver e rever, pensar, refletir, divagar, ou simplesmente não ver. Não que esquecer que o filme existe seja fugir de alguma coisa, é apenas uma opção de não querer tecer inúmeras teorias sobre um thriller psicológico. |