Dysvagando |
domingo, setembro 25, 2005Enquanto a inteligência humana é limitada, a estupidez é infinita. BusBike Os riscos são: "Médias máximas de concentrações de poluentes respirados numa hora pelos ciclistas e pelos automobilistas no mesmo trajeto, no mesmo momento. Os automobilistas estão sujeitos a níveis de poluição elevados. Mesmo tendo em conta o esforço (um ciclista respira em média um volume de ar 2,3 vezes maior do que um automobilista), o ciclista sai beneficiado na comparação, tanto mais que o exercício físico reforça a sua capacidade de resistência aos efeitos da poluição. Fonte: Cidades para Bicicletas, Cidades de Futuro No entanto ao menos com um olhar complacente a iniciativa parece uma evolução em relação a bicicletas estacionárias convencionais presas nas academias. Uma evolução não como sinônimo de coisa boa, mas como uma mudança. É aquela velha história da biologia os humanos não são mais evoluídos do que uma bactéria, afinal elas estão aí a mais tempo que a gente, somos apenas mais complexos. Portanto nessa iniciativa do Busbike há sim uma evolução, mas uma evolução fadada ao fracasso da seleção natural do mercado, ao menos no médio prazo. Afinal algo tão complexo requer custos consideráveis para se manter e mais do que isso a destinação de recursos de terceiros que deêm credibilidade à iniciativa, isso é, alunos pagantes. Para entender a idéia: Os primeiros horários são na Barra da Tijuca, bairro com uma taxa de automóveis de quase 1 por habitante onde a prática de ciclismo é restrita pela distância e pelo trânsito em alta velocidade ou seja, eles querem fisgar o cara que tem no automóvel parte do seu cotidiano e que antes de ir trabalhar gosta de se exercitar. Para isso adquiriram um ônibus panorâmico ocioso do mesmo modelo que foi implantado por volta do ano 2000 para ser o ônibus turístico da Cidade Maravilhosa e que não deu certo. Esse mesmo modelo é hoje usado em sua maioria pela extensão do "Metrô Sobre Rodas". Um fonte de inspiração para a idéia do Busbike foi o "Surf Bus" utilizado para transportar surfistas entre as diferentes praias da cidade com espaço especial para as pranchas. Quem tem dinheiro precisa fazer com que esse dinheiro se multiplique e quem tem propriedades precisa fazer com que elas gerem lucro ou ao menos não deêm prejuízo, portanto o dono da idéia juntou os dois em busca de um possível mercado consumidor, já que aulas em bicicletas estacionárias tem uma procura efetiva na cidade. Com contraposição, fica o apenas curioso Human Powered Bus que certamente não tem a pretensão comercial da iniciativa carioca, mas ao menos é inusitado.
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