Dysvagando



sexta-feira, julho 08, 2005


Caminhando na estrita calçada em passo moderado, mas veloz que todos
os carros e seus aflitos motoristas acelerando para logo em seguida
voltar à espera. Definitivamente algo de errado na via. Não eh o
caminhão a serviço da ceg, não são os carros e suas preguiçosas
madames a caminho do bingo. O trânsito dos autos está comprometido
pela presença do que supõe-se ser um morto. Jaz junto ao ponto de
ônibus figura humana, inerte e faz-lhe companhia um solitário pm.

No cruzamento pisca o sinal pedindo ao pedestre que pare e o taxista
aguarde apenas a luz verde para largar. Só que a frente o transeunte
pausa e ao arrancar, o motorista xinga.

Assusta a constante possibilidade do fim da própria vida. Seja por
acidente de trânsito ou bala perdida. Move a todos o terror de
imaginar-se morto, mas ainda resta viver seja acuado ou perfilado
junto aos milhões que simplesmente vivem, seja como for.