Dysvagando



sexta-feira, novembro 01, 2002


Algo novo, esperança...

Voltando ao post sobre o filme Metrópolis e como um mundo precisa de um rumo. Um homem do meio, ou talvez as coisas estejam tão ruins que seja necessário a Segunda Vinda do filho de Deus, Jesus Cristo. Não devem estar, pois se após a Primeira Guerra Mundial veio Adolf Hitler, homem do ano de 1938.

João Moreira Salles.

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Se a utopia poderá se cumprir, é outra questão. Lula acredita sinceramente que sim, o que faz dele esta criatura rara: um político de palanque que fala às massas sem ser populista. Lula não promete o que não acha que pode cumprir. Não estimula o messianismo. Este é outro aspecto virtuoso de seus comícios: a impressão que se tem é de que as pessoas que ali se encontram não estão dispostas a entregar suas vidas ao líder carismático, para que ele resolva tudo. Até mesmo a oratória de palanque empregada por Lula é instintivamente cautelosa e reticente. Quando determinado raciocínio está prestes a incendiar a platéia, bastando que Lula soque a última frase em direção ao céu, ele, contra-intuitivamente, inverte a inflexão, abaixando o volume da voz e trazendo a idéia de volta ao chão, num pouso manso. É uma forma de respeitar a platéia, evitando a fácil tentação de enfeitiçá-la.

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Um pouco mais, com a Cora...

Poema de William Butler Yeats - The Second Coming ou, A Segunda Vinda.