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quarta-feira, outubro 23, 2002
Refletindo sobre terrorismo...
Por causa dos atentados de 11 de setembro foi aprovado no Congresso Americano o "Ato Patriótico 2001" (Atual Lei Número 107-56) que visa aumentar a recompensa máxima dada pelo governo americano através do "Recompensas para Justiça" de cinco para vinte e cinco milhões de dólares. Só que o terror que se busca combater é o inimigo externo. Atentados contra prédios e instituições norte americanas. A GUERRA CONTRA O TERRORISMO. No entanto, o pânico vem de uma única pessoa, um único tipo de arma. Uma bala certeira que alvejou a paz de espírito de uma comunidade. Todos próximos ao Distrito Federal de Washington, centro do poder norte-americano, temem serem assassinados por um tiro certeiro e sem motivo. E pior, podem morrer no meio de atividades cotidianas do dia a dia. É um terror sem nome, sem um rosto ou descrição física. Não é como um exército que busca através das armas a independência ou a real defesa dos interesses de um grupo. Trata-se simplesmente de um sujeito e seu rifle que exerce o seu direito constitucional de portar uma arma capaz de matar a distância e com precisão, tanto animais selvagens como seres humanos voltando das compras no supermercado. Termino com as palavras da escritora Patricia Cornwell tiradas do nomínimo e originalmente publicadas no NY Times e posteriormente no The Guardian. Num único país dois assassinos em série agindo ao mesmo tempo, com táticas diferentes. Mas com a mesma perversidade. "Ambos os assassinos conseguem se misturar com seu ambiente, sabem se mover sem ser detectados, talvez até sem provocar um triz de suspeita conforme tocam seu dia-a-dia. Estes assassinos provavelmente têm vizinhos, trabalhos, hobbies, hábitos, parentes ? talvez até sejam casados e tenham filhos. Estes assassinos provavelmente parecem gente normal. Podem ser atraentes e inteligentes acima da média. Você provavelmente poderia ter conhecido um destes assassinos e achado eles educados, prestativos, charmosos ou, no mínimo, nem se lembrar de sua existência. Você pode conhecer um dos assassinos e se recusar a perceber que se trata dum assassino porque, afinal, achamos que ele é um monstro." De nada resultará uma união nacional contra o medo se o pânico é causado pelo seu próprio vizinho. - The Guardian: série de reportagens especiais sobre violência armada nos Estados Unidos. - ArabNews.com: US intelligence community targeted for massive reform. É necessário surpreender os radicais islâmicos. Deixando para trás "atitudes frouxas" durante os anos 90 e surpreendendo os terroristas na "Quarta Grande Guerra". Tudo segundo o ex-governador da Virgínia James S. Gilmore III. Ele é o Republicano encarregado da força tarefa que pretende reformular o aparato de inteligência estatal nos EUA. - Um pais de Snipers. Sniper Country's response to the Washington Area Murders -Biblioteca do Crime: What Makes Serial Killers Tick? by Shirley Lynn Scott. Seriam os assassinos em série monstros ou vítimas, é o que se pergunta a autora.
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