Dysvagando



sábado, outubro 19, 2002


Quem matou Odete Roitman...

Ver no jornal de hoje a participação da senhorita Roitman, com medo de Lula traz-me algumas conclusões. A vilã de Vale Tudo ficou frouxa. Ou a minha infância fazia os vilões mais terríveis do que realmente eram. E quem sabe até, Lula-light é apenas o prenúncio para a volta da tropa de choque. Mas ao contrário dos tempos de Jango, o exército está com a bola bem menos cheia e vai precisar mesmo é de um financiamento internacional a juros subsidiados.

Em 13 de agosto foi publicado no site da campanha José Serra os motivos da atriz Beatriz Segall, mas sem dúvida alguma, quem falou aos corações do povo brasileiro ontem não foi a persona, mas a personagem ainda presente no imaginário coletivo. A atriz tem medo "de não poder falar o que eu bem entender", num eventual governo da oposição. Faz-se necessário aos governistas ouvirerm os discursos do homem no planalto... Que no dia seguinte às declarações de Regina Duarte disse o seguinte aos membros da Confederação Nacional da Indústria que tomavam posse:


Fernando Henrique Cardoso"As instituições estão cada vez mais fortes. Estão tão fortes que fico irritado quando ouço, aqui e ali, dizerem: ?Ah, mas se ganhar fulano ou beltrano...? Se ganhar fulano ou beltrano, não vai acontecer é nada. Vai continuar o caminho, que é nosso, da sociedade brasileira: um projeto nacional de continuação do crescimento do Brasil, dentro da democracia. Qualquer um de nós que ganhe, um ou outro. É natural.
Mas queremos, mais do que tudo, que ganhe o Brasil. E o Brasil só ganha quando o Brasil tem auto-estima, quando o Brasil começa a deixar de simplesmente, todo dia, reclamar do que falta."



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- Cora Ronai, como Nelson Hoineff também acha que a campanha Serra também diz que "agora é Lula". Mas com a melodia da campanha de Lula em 1989 no programa de Serra todos cantam "Serra Lá"....

O Globo...

? Essa música não é do Serra. Essa conversa nova do Lula não é do Lula ? disse um ator.

Serra já fala como oposição, e Lula já se comporta como governo, inclusive por "fugir de debates" como FHC fez quando estava com as eleições ganhas.