Dysvagando |
terça-feira, outubro 08, 2002
Cinema, mais que diversão...
Cinema nasceu como imagem em movimento e é assim em Metrópolis (Fritz Lang - 1927) onde as cartelas com o texto dizem apenas as falas fundamentais. No caso da versão restaurada de 2002 feita pela Kino International dizem também o conteúdo de cenas destruidas para sempre devido as exigências da distribuidora americana Paramount. Originalmente o filme durava 153 minutos e tratava da história não de um cientista maluco que destrói uma cidade, mas algo muito além disso. A mensagem explícita do filme é que entre a mão que trabalha e a mente que pensa, é necessário um elo, o coração. E a metáfora é posta de maneira que entre as elites e o povo que vive nos subterrâneos, robotizado, haja o coração do filho do chefe de Metrópolis que concilia. Motivado pelo amor à Maria da classe operária. Diretores valem-se sempre de referências de outros filmes, assim como todos os outros artistas e sua forma de arte. Mas quanto mais para trás se olha, pode-se ver claramente o que é verdadeiramente bom. Pois utilizando uma Joana D'Arc alemã e outros elementos já utilizados ou até batidos, Fritz Lang contruiu um filme que até hoje serve de inspiração. Até mesmo George Orwell em 1949 não deixa de apresentar semelhanças entre seu livro 1984 e Metrópolis. Já o "Homem Máquina" de Lang personificou-se em Charles Chaplin. Enquanto no Brasil, tivemos o "Homem do Futuro" (ou Homem ET), Ilson Lorca, cuja fantasia foi utilizada na capa do CD Calango do Skank e foi feita para comemorar a conquista da Copa de 1994. Talvez o longo caminho de Lula faça dele o "Elo" pelo qual pregou Fritz Lang rumo a um Brasil melhor unindo trabalhadores e empresariado e unindo a América Latina. Ou pelo menos assim espera o presidente argentino Eduardo Duhalde. Assim como o porta-voz do departamento de Estado dos EUA Richard Boucher.
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