Dysvagando |
segunda-feira, setembro 30, 2002
Publicidade versus Jornalismo....
As empolgantes e emocionais músicas de Lula com suas letras grudentas. Mais ainda do que músicas de banda pop. Jingles que ilustram acima de tudo a competência de fixar na mente slogans que definem muito mais a melhor campanha do que verdadeiramente o melhor futuro presidente. Bote fé [mp3] [Media Player] Não dá pra apagar o sol Não dá pra parar o tempo Não dá pra contar estrelas, Que brilham no firmamento Não dá pra parar um rio, Quando ele corre pro mar Não dá pra calar o Brasil Quando ele quer cantar... Lula lá, brilha uma estrela Bote essa estrela no peito, Não tenha medo ou pudor Agora eu quero você Te ver torcendo a favor A favor do que é direito Da decência que restou A favor de um povo pobre, Mas nobre trabalhador É desejo dessa gente Querer um Brasil mais decente Ter direito a esperança De uma vida diferente (Refrão final repetido à exaustão) É só você querer E amanhã assim será Bote fé e diga Lula Bote fé e diga Lula Eu quero Lula! e um artigo de Guilherme Fiuza. (...) Sumiu da praça aquela idéia de que Lula tinha parado no tempo. Agora, o tempo joga a favor, e o que até outro dia era visto como desgaste e anacronismo, transformou-se em acúmulo de experiência e maturação. Intelectuais de grandes instituições acadêmicas do Brasil e do exterior aparecem com o diagnóstico súbito e definitivo: Lula está ?no ponto?. (...) A figura de Lula, com tudo de bom que ela simboliza para a democracia e a justiça social, tem alimentado a esperança dos brasileiros por dias melhores. Realmente, no terreno do simbolismo Lula é tão perfeito, que o ideal seria que ganhasse a eleição e nem precisasse governar ? ficasse brilhando com sua estrela virtuosa sobre nossas cabeças. Mas o chato dessa história de eleição é que, depois do festival de emoções, idealizações e sonhos da campanha, sempre se chega a esse capítulo cinzento, espinhoso e estraga-prazeres que é sentar e governar. (...) percebe-se que, fora a criação e a derrubada de ditaduras, governar é algo muito menos emocionante do que a campanha do Lula.
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