Dysvagando |
quarta-feira, setembro 11, 2002
Apenas hoje...
Apenas uma luz acessa em casa quando chego. Mas até essa logo se acaba e as únicas que restam, são as que eu mesmo acendo. Tantos assuntos, acontecimentos, mas qual o sentido de tudo se não contar, fazer interessante um dia passado. Mesmo que exclusivamente feito de fatos reais, é bom fazer de cada dia um pequeno conto literário. Pontilhando de pensamentos soltos, abrindo-se por assuntos, entremenado-se por entre palavras até achar frases certas. Deveria confiar mais em mim mesmo, para auto-confidenciar-me. Impossível. Ouvidos, mesmo que telefônicos, preenchem um certo vazio. Uma incerteza de aceitação de si pelo mundo. Não que contar faça alguém pleno, mas causa conforto. Mas quando tudo é silêncio, restam teclas. As que mandam letras para a tela, e outras que mandam diretamente ao papel. Verdadeiramente pessoal é uma máquina de escrever, mas por pessoalidades demais por ninguém lidas, mergulha-se em vicioso ciclo, triste. Ou apenas, sozinho com fontes de energia elétrica, coisas sem vida.
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