Sobre automóveis e liberdade

Disseram ao mundo que ter um carro era ser dono do próprio destino, tomar qualquer rumo que fosse. Não há propaganda de automóvel que já não tenha feito uso desse bordão cada vez mais batido, mas que ainda é usado. Nem que seja um Chevette velho, soltando fumaça e gastando absurdos de gasolina por mês. Todos querem simplesmente, ter um carro.

Faz muito sentido dirigir longas distâncias, pegar estradas e cruzar um estado, um país. Nada melhor do que engatar a quinta e ouvir Cds, ter conversas com os amigos e ao mesmo tempo ir curtindo a paisagem. Mas nas grandes cidades e no Rio de Janeiro em especial não é sábio na maioria das vezes deslocar-se sozinho por ruas congestionadas e sem estacionamento. Poluindo os ares com gases tóxicos e deixando sempre em algum lugar, qualquer lugar, parada e inútil uma tonelada de aço, plástico, vidro e borracha.

Existem muitas soluções possíveis. Todos pedem metrô, mas grandes obras custam caro demais, talvez porque se roube demais dos orçamentos oficiais. Para o curto prazo, perspectivas sombrias de continuidade ao caos que impera hoje.

Milhões de carros, bilhões de reais pelo pagamento do IPVA e ainda assim as ruas e estradas são tenebrosas, não se respeita nada. Motoristas que não notam serem apenas mais um no trânsito desrespeitando qualquer boa regra de civilidade e ao mesmo tempo segue-se impune. Um suborno ali, um pneu estourado no buraco acolá.

O Homem ainda não aprendeu a conviver com as urbes que criou. Não se consegue sentir o verde esparsos na cidade nem mesmo viver em paz na densidade de prédios em meio ao concreto, aço e asfalto.

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Duas idéias no mínimo interessantes:
- Site difícil mas com um excelente conteúdo. Mapa Verde Rio de Janeiro.
- Questionando os Paradigmas de Espaço e Movimento. Bicicletada da Critical Mass São Paulo.

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Além de iniciativas no exterior que inspiraram as nacionais:
- Retomando o espaço urbando através da destruição do excesso de publicidade.
- Green Map. Mapeando espaços para uma melhor qualidade de vida.


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