Dysvagando |
quarta-feira, agosto 07, 2002
Resenha, algo mais.
Violência, comédia. Ficção, fatos reais. Apenas um Brasil, um Rio de Janeiro, por inteiro na tela. Favela do tráfico, tiros e ainda assim na platéia, risos. Divertido o filme e melhor é saber que atores amadores e diretores amantes de sua arte podem fazer um filme sem depender de ilustres celebridades. Ao contrário, baseiam-se muito mais no talento. "Cidade de Deus", o filme de Fernando Meirelles e Kátia Lund é por si só um convite ao debate e faz-me curioso para conhecer outra obra do mesmo diretor, "Domésticas". Que não morra o cinema nacional. Deixando tantos profissionais dedicados viver anunciando sabão em pó na televisão e gastando rios de dinheiro para fazer filmes apenas no mercado publicitário, ou no máximo um video-clipe alternativo. Mesmo sem grandes revoluções em relação à linguagem cinematográfica, "Cidade de Deus" provoca. Não tanto como um tapa na cara. Mas com certeza, é muito mais do que simplesmente comer milho quente com água doce borbulhante, sentado numa sala escura.
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