Dysvagando |
quarta-feira, julho 10, 2002
Dormir, acordar, sonhar
Pesadas pálpebras levam-me a crer que tenho sono. Pisco os olhos, sigo dormindo para não querer acordar ou acordado sem querer dormir. Vivendo sem poder desistir, mas sem destino certo. Algo prende, o sono à cama, a vida aos dias. Dentre todos, coroa o domingo, o fim do que passou e o recomeço do ciclo interminado. Fim do dia implica na noite, no reiniciar que se segue. Horas pré-sono, uma certa tensão, tristeza, medo do recomeço, frustração com o inconcluso. Existe a grande noite massacrante que divide toda a semana e por isso um pouco de todos os dias. Acumula-se na noite dominical um pouco de tudo dos seis dias anteriores e dos seis que estão por vir. Aguentando mais um pouco, uma música, um beijo, um sonho acordado talvez algo se prolongue e diminua o disconforto cíclico. Simples seria em assim sendo. Outro dia quem sabe amanhã será dessa maneira que siga a lua o sol, que se cubram meus olhos atrás das pálpebras e girem com os sonhos. Acordado estará esquecido o sonho, viverá apenas o ciclo que alimenta engrenagens de máquinas que desconheço.
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