Dysvagando |
segunda-feira, junho 24, 2002
Sobre o tempo, e o pensamento
Em silêncio ouço sempre as engrenagens do relógio quando ele está próximo aos meus ouvidos. Sinto às vezes que o tempo pára, pensa, respira e segue. Não sei quem se confunde, se meus ouvidos, o relógio ou meu cérebro que se entretem com o que penso. Enquanto tento focar minha atenção nos barulhos que vem do meu pulso. Deve ser meu cérebro, que confuso e eternamente contundido por um excesso de memórias faz-se manifestar no meu peito um disconforto. Sentindo falta daquilo que quero ter. E mais ainda das migalhas dos toques perdidos na pele que anseio tocar, conhecer. Mas sonho acordado, mesmo sem ouvir o relógio e crio já memórias. Pequenas histórias que espero crer, não pertecem mais só a mim, mas também a quem ao meu lado, foi protagonista. Dos pequenos convívios, criam-se, ou crio eu, vínculos. Vícios no comportamento de duas pessoas que formam, sempre entre si, uma pequena história. Até agora, nada existe, além do que penso, sozinho, ou do que conto a terceiros. Da outra parte, certas evasivas e um mistério, torturante. Uma incerteza com as minhas atitudes e mais dias seguindo-se, sempre a frente. Tudo isso vivido após, ou antes do meio dia. AM, PM, Select, casa, posto de gasolina, praia, faculdade, shopping. Na rua confusa com o trânsito e no que penso maior confusão.
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