Dysvagando



quarta-feira, março 13, 2002


Sofro a influência indireta do ar que respiro, do mundo que gira sem que eu veja do sol que se põe. Desse sinto o real poder, mesmo depois que já se foi. Ainda assim continuo sem saber o porquê de tanto calor, já quase findo o verão.

O suor talvez lave-me a alma, torne a todos iguais na perda da água e no surgimento das bactérias que surgem da pele e se proliferam. Processando o líquido que surge de todas as partes, tornando-os detritos bacteriológicos, nada mais. Antes que tudo isso se acometa comigo, busco o frio artificial e ao fim do dia, um banho. Água que misturada ao sabão, dissolve gorduras encrostadas na pele durante mais um dia quente.

A noite e o barulho constante do condicionador de ar me dizem, que se há calor lá fora, dentro, só um frio cada vez mais seco, inodoro; que congestiona as narinas, fazendo-me espirrar pela manhã.