Dysvagando



quinta-feira, março 28, 2002


Salvo por um mata-mosquito.

Trânsitando, cruzando um sinal recém aberto. Uma mata mosquito à direita, não cruza a faixa de pedestres mesmo vendo, o homenzinho verde. O representante da saúde pública serve como alerta à minha visão periférica, assustado, não sei bem como, piso no freio. A proximidade, a velocidade, tudo parecia grande demais, meu corpo pende para frente, a mochila, única passageira, voa cai no chão.

Alguns décimos de segundos e confuso, sigo. Refaço a trajetória do que poderia ter sido trágico, mas incólume sobrevivo, talvez tremam minhas pernas, mas nada tão intenso como teria sido em tendo ocorrido o encontro das chapas de aço, dos para-choques e dos milhares de componentes que vem à frente dos carros, e por todo ele.

Certas pessoas, certos momentos, ainda assustam. Velocidade demais e à luz do dia, deixam-me tonto, por alguns instantes ou nos inconstantes encontros. Mas um solidário aperto me confunde, as mãos que anseio sentir, sinto-as junto as minhas e desarmo-me, feliz.