Dysvagando |
sexta-feira, janeiro 11, 2002
Sem frases a fazer, transcrevo um parágrafo. Pedro Juan Guitérrez e sua "Trilogia Suja de Havana".
Ainda não aprendi. E desconfio que não aprenderei nunca. Pelo menos já sei algo valioso: é impossível me desligar da saudade porque é impossível me desligar da memória. É impossível se desligar daquilo que se amou. Será?... Mas é melhor a continuação... Tudo isso estará sempre junto conosco. Sempre teremos tanto desejo de refazer o bom da vida como o de esquecer e destruir a lembrança do mau. Apagar as maldades que cometemos, desfazer a recordação das pessoas que nos prejudicam, remover as tristezas e as épocas de infelicidade. Qualquer dia, mesmo muito após o tempo ter passado, os fatos terem se tornado confusos, de algum lugar obscuro, surgem as cicatrizes antigas. Feridas fechadas, limpas, mas marcadas, algumas fundo demais, em algum lugar da memória. Só se esquece aquilo que verdadeiramente é ausente, e só pode ser ausente aquilo que não trás ressentimentos.
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