Dysvagando



quinta-feira, junho 14, 2007


De algum lugar uma certa ansiedade brotou e agora me consome. Não até o fim, só um pouco. Uma leve dose de palpitação que brota do estômago e nunca chega a fugir pela boca. Queria livrar-me dela, salvar logo o mundo, alcançar essa tal de felicidade.

Talvez seja a solidão, talvez seja a pressa de fazer tudo em muito tempo, talvez a vontade de fazer nada todo o tempo. Vá saber. Não quero fugir, não quero ver lá fora a solução para o mundo. Sei que há algo por dentro que me corrói aos poucos e me corroerá até o final dos dias. Até que me torne muitos sou apenas uma forma em eterna e errática mutação.



quarta-feira, dezembro 20, 2006


A ciência nos diz que o corpo humano produz uma série de substâncias responsáveis por inúmeras sensações. A endorfina dos exercícios, a adrenalina das fortes emoções. Viver intensamente no entanto tem seu preço.

Altas doses de substâncias produzidas pelo corpo podem ser maléficas, ansiedade demais, a correria de fazer tudo de última hora, o frio na barriga de novas e velhas paixões.

Não faz sentido buscar entender, palavras e teorias são apenas uma maneira até certo ponto estúpida de tentar resumir a realidade. Mais ou menos como tirar uma foto ou gravar um vídeo para "preservar o momento" ao invés de simplesmente viver a vida, sentir o que se passa e seguir.

A mobilidade é condição sine qua non para a vida. O círculo de nascer, crescer, multiplicar-se e morrer ocorre sem parar, na existência e com sentimentos.



sexta-feira, dezembro 08, 2006


Músicas podem ter qualquer significado que se queira. Ainda mais quando são pano de fundo para o trabalho diante do computador.

Uma manhã com cafeína que na verdade era mais uma manhã sem Catarina. No caso a música é "Another Morning" do American Music Club.

Fala de Kathleen e a falta que ela faz ao se acordar sozinho. Não adianta sofrer e fazer da dor uma bandeira. Do "poderia ter sido" um hino.

Sempre seguimos, sós. Lutou-se tanto pelo indivíduo, pelo individualismo... Agora...

Frias são as pessoas que de há muito esqueceram como pode ser aconchegante a comunhão humana e quanto consolo, conforto, encorajamento e simples prazer se pode obter dividindo a própria sorte e esperanças com outros - "outros como eu" ou, mais precisamente, outros que são "como eu" exatamente por dividirem minha sorte, minhas misérias e sonhos e, mais ainda, por me preocupar com sua sorte, sua miséria e sonhos.
Zigmunt Bauman - "Em busca da Política"

Já que amigo não é mais aquele que morre ao seu lado ou em seu nome numa batalha, que sejam aqueles que nos cercam, nos ouvem. Ainda que os perigos, dúvidas e instabilidades sejam muitas e vindas de todos os lados, resta-nos o amparo difuso de poucos e bons amigos.



sábado, outubro 21, 2006


É cedo, ouços os pássaros. Acordaram e agora canta, conversam, não se pode ter certeza. Falam uma língua que não é nossa e que ouço todas as manhãs e às vezes, cada dia mais cedo. O que fazem antes do sol nascer esses seres estranhos que nos mostram a liberdade com seus vôos...

Temos apenas nossas máquinas e isso pode ser muito, mas na verdade é tão pouco que precisamos para sermos livres, em verdade precisamos de cada vez menos para adquirirmos o que realmente importa.

Queria saber o que dizem ainda que não seja possível cantar o que cantam.



segunda-feira, abril 17, 2006




sexta-feira, março 10, 2006




quarta-feira, outubro 12, 2005


Limitado a uns 800 e poucos caracteres, mas eh simples e direto. Resta
saber sobre a segurança, mas por enquanto, a dúvida paira inclemente
sobre a possibilidade real e imediata de ter a senha roubada.

--
Não sou o que leio, não sou o que vejo
Mas mesmo assim, escrevo.
http://dysvagando.blogspot.com/




quarta-feira, setembro 28, 2005


Cada profissão tem gírias e termos específicos, motoristas e cobradores de ônibus urbanos no Rio de Janeiro falam quase num dialeto.


Alguns termos:

Carro - O ônibus, geralmente é usado acompanhado do final do número de ordem. P. Ex.: "O carro 35 saiu do ponto às 9hs".

Deitão - Motorista lerdo, geralmente ultrapassado por outro da mesma linha. P. Ex.: "O Francisco é mó deitão"

Pular - ato de ultrapassar um ônibus da mesma linha que saiu antes do ponto final. P.Ex.: "Fulano pulou sicrano".

Fiscal - funcionário responsável por regular o cumprimento de horários e número de passageiros transportados.

e por último um que desconhecia até hoje:

Ficha - passageiro pagante. Exemplos: "Ontem só na Voluntários e peguei 52 fichas"; "Fulano está preocupado por que só consegui 190 fichas hoje".



domingo, setembro 25, 2005


Enquanto a inteligência humana é limitada, a estupidez é infinita.

BusBike

Os riscos são:

"Médias máximas de concentrações de poluentes respirados numa hora pelos ciclistas e pelos automobilistas no mesmo trajeto, no mesmo momento. Os automobilistas estão sujeitos a níveis de poluição elevados. Mesmo tendo em conta o esforço (um ciclista respira em média um volume de ar 2,3 vezes maior do que um automobilista), o ciclista sai beneficiado na comparação, tanto mais que o exercício físico reforça a sua capacidade de resistência aos efeitos da poluição.

Fonte: Cidades para Bicicletas, Cidades de Futuro


No entanto ao menos com um olhar complacente a iniciativa parece uma evolução em relação a bicicletas estacionárias convencionais presas nas academias. Uma evolução não como sinônimo de coisa boa, mas como uma mudança. É aquela velha história da biologia os humanos não são mais evoluídos do que uma bactéria, afinal elas estão aí a mais tempo que a gente, somos apenas mais complexos.

Portanto nessa iniciativa do Busbike há sim uma evolução, mas uma evolução fadada ao fracasso da seleção natural do mercado, ao menos no médio prazo. Afinal algo tão complexo requer custos consideráveis para se manter e mais do que isso a destinação de recursos de terceiros que deêm credibilidade à iniciativa, isso é, alunos pagantes.

Para entender a idéia:

Os primeiros horários são na Barra da Tijuca, bairro com uma taxa de automóveis de quase 1 por habitante onde a prática de ciclismo é restrita pela distância e pelo trânsito em alta velocidade ou seja, eles querem fisgar o cara que tem no automóvel parte do seu cotidiano e que antes de ir trabalhar gosta de se exercitar. Para isso adquiriram um ônibus panorâmico ocioso do mesmo modelo que foi implantado por volta do ano 2000 para ser o ônibus turístico da Cidade Maravilhosa e que não deu certo. Esse mesmo modelo é hoje usado em sua maioria pela extensão do "Metrô Sobre Rodas". Um fonte de inspiração para a idéia do Busbike foi o "Surf Bus" utilizado para transportar surfistas entre as diferentes praias da cidade com espaço especial para as pranchas.

Quem tem dinheiro precisa fazer com que esse dinheiro se multiplique e quem tem propriedades precisa fazer com que elas gerem lucro ou ao menos não deêm prejuízo, portanto o dono da idéia juntou os dois em busca de um possível mercado consumidor, já que aulas em bicicletas estacionárias tem uma procura efetiva na cidade.

Com contraposição, fica o apenas curioso Human Powered Bus que certamente não tem a pretensão comercial da iniciativa carioca, mas ao menos é inusitado.



sexta-feira, setembro 09, 2005




Os caracteres podem ser menos, mas parece ser menos caro e mais direto escrever via wap do que mms. De qualquer maneira, continua sendo o homem em função da tecnologia e não vice-versa. Boa noite



Ps.: O detalhe é que vem com spam da companhia telefônica, nada que não possa ser facilmente editável.